Diversidade na literatura: 6 obras com representatividade LGBTQIAP+ para ler com orgulho
Lista reúne histórias para o público adolescente e adulto, escritas por autores best-sellers como Samantha Shannon, C.S. Pacat, Jay Kristoff e Faridah Àbíké-Íyímídé
Segundo pesquisa realizada pela agência Nielsen BookScan, nos últimos dois anos a literatura LGBTQIAP+ se expandiu e mostrou uma aproximação com a realidade da comunidade Queer, ao fugir dos padrões hétero-normativos, muitas vezes retratados nas relações dos casais principais das obras. Esta diversidade literária tem conquistado não apenas os leitores adolescentes, como adultos que buscam identificação com personagens que refletem as próprias vivências ou desejam compreender melhor a causa.
De fantasia a romance, para comemorar este Mês do Orgulho LGBTQIAP+, selecionamos seis livros com protagonismo LGBT que promovem representatividade e, além disso, contam com narrativas que podem ser apreciadas não apenas pela comunidade Queer, mas por todos que querem mergulhar em histórias surpreendentes e apaixonantes.
🏳🌈 Confira as indicações, escolha sua próxima leitura e leia com muito orgulho:
O Priorado da Laranjeira – A Maga: neste best-seller sáfico, Samantha Shannon apresenta uma civilização comandada por mulheres. O mundo está dividido em dois povos rivais que nutrem crenças diferentes sobre os dragões: um vê as criaturas como místicas e as adora como seres divinos, o outro acredita que são feras ruins e terrivelmente perigosas, capazes de devastar a humanidade. Porém, quando um dragão ancestral das trevas ressurge e ameaça a vida de todos, as duas sociedades terão que deixar de lado as diferenças para lutarem juntas por um bem maior: salvar o mundo desta fera.
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Um dia de céu noturno II: Com imersão no matriarcado e representatividade LGBTQIAP+, este é um prequel que se passa 500 anos antes da fantasia “O priorado da laranjeira”, best-seller de Samantha Shannon. Na história, Glorian, sucessora do rainhado, Tunuva, a irmã do Priorado e Dumai Wulf, amante de dragões, se unem para enfrentar um maligno e ancestral cuspidor de fogo. Enquanto o céu é tomado por dragões, Dumai precisará partir em uma nova missão para buscar maneiras de enfrentar o perigo iminente. Ao mesmo tempo em que arrisca sua posição na corte, ela também pode, quem sabe, descobrir mais sobre a figura de seus sonhos. Tudo isso enquanto lida com a proximidade perigosa de Nikeya. Em um mundo marcado por lendas, segredos, medo do desconhecido e forças que parecem se opor e se complementar, a vida dos personagens criados se entrelaça de modo surpreendente neste segundo volume, apresentando o desfecho magnífico e emocionante de Um dia de céu noturno.
(Onde encontrar: Amazon | Classificação indicativa: 16+)
Trilogia Príncipe Cativo: nestas histórias épicas, repletas de tramas políticas e ambientação fictícia, inicia a jornada de Damen: um herói para o seu povo e o legítimo herdeiro do trono de Akielos. Mas, depois da morte do pai, o meio-irmão toma o poder e o vende para servir Laurent – o príncipe da poderosa nação inimiga. Na sequência da trilogia, o leitor acompanhará a evolução do protagonista escravizado até a ascensão ao poder. Para além do contexto político e cultural, C. S. Pacat apresenta protagonismo LGBTQIA+ e um romance enemies-to-lovers capaz de fazer os fãs de obras como Game of Thrones vibrarem.
(Onde encontrar: Amazon | Classificação indicativa: 18+)
Nevernight – A sombra do Corvo: primeiro volume da trilogia “As crônicas da Quasinoite”, esta é uma história intensa e visceral, inspirada nas civilizações greco-romanas. Com protagonismo bissexual, a obra apresenta Mia, uma jovem que busca se aprimorar no ofício de matar: sua missão é ceifar a vida de cada um dos responsáveis por extinguir sua família quando era criança. O tom sarcástico da narrativa é um elemento extra – instiga os leitores a entrarem na atmosfera deste universo repleto de ameaças.
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Ás de espadas: A escritora inglesa Faridah Àbíké-Íyímídé estreou na literatura young adult com Ás de espadas e conquistou a lista dos best-sellers do New York Times. O thriller publicado no Brasil pela VR Editora, selo Plataforma21, traz à tona temas sobre o racismo estrutural, preconceito de classe e homofobia. É uma história com protagonismo negro e LGBTQIA+: Devon e Chiamaka são personagens queer.
(Onde encontrar: Amazon | Classificação indicativa: 16+)
Que vença o melhor: capitão de torcida e presidente do grêmio estudantil, Jeremy não vai permitir que se assumir um garoto trans arruíne o último ano escolar. Em vez de se esconder e dar espaço aos transfóbicos de plantão, decide fazer barulho e se candidatar ao título de Rei do Homecoming, o evento anual mais importante do colégio. O detalhe é que o ex-namorado dele, Lukas, estrela do futebol americano da escola e líder do comitê do baile, é um dos principais candidatos a ganhar a coroa. Com bom humor e delicadeza, Z. R. Ellor se aproveita do enredo escolar para aprofundar temas tão comuns entre os jovens, mas pouco abertamente falados na vida real: a dificuldade de lidar com o luto e preconceito LGBTQIA+ na sala de aula.
(Onde encontrar: Amazon | Classificação indicativa: 14+)
Via: LC Agência