Por Zédejesusbarreto
Foi de virada, 2 x 1, e os gols do Bahia saíram depois de uma paralização de quase uma hora por conta do alagamento do gramado, sob uma chuva torrencial de 30 minutos. O tricolor baiano perdia por 1 x 0 e retornou em cima, pressionando, comandando as ações até o final. Ótimo e justo resultado, três pontos e moral elevada para encarar o clássico, domingo, no Barradão. O Bahia mantém a invencibilidade na Fonte Nova, a torcida suportou a chuva até o final, já quarta-feira, e aplaudiu.

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 Na Fonte Nova

– Uma terça-feira de muita chuva, noite de outono instável, arquibancadas mesmo assim com bom público (mais de 23 mil presentes), gramado em boas condições mas liso, escorregadio, bola rápida, encontro de tricolores valendo pela segunda rodada da Série A/Campeonato Brasileiro.

 – As duas equipes em busca de triunfo. O Bahia estreou perdendo de virada (2 x 1) para o Internacional, em Porto Alegre; o Fluminense, em casa, no Maracanã, só empatou com o Bragantino/SP, 2 x 2 – abriu o placar no primeiro tempo, o Braga virou, mas o Flu achou o empate no final. Dois treinadores que gostam de posse de bola, troca de passes, ‘jogo apoiado’ – no jargão deles.

 – A presença, na espia lá do alto, do treinador Dorival Jr, da Seleção Brasileira.

 – O Bahia com uma beca nova, branca, duas listrinhas frontais, verticais. O Flu com a sua tradicional tri-colorida.

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 Com bola rolando …

– Aquela chuva fria, forte e renitente desde o começo, o time carioca marcando por pressão o campo inteiro, como de costume. Quando tem a bola, no totó, sem afobação. O Bahia tentando fazer o mesmo, como orientou Ceni. Poucas faltas, bola no chão.

– Gol! 1 x 0, Flu, aos 3 minutos. Saída em falso do goleiro, erro de Santiago Árias, pressionado pelo xará (também colombiano) do Flu que lhe roubou a bola e lançou pra Kano, limpa; o goleador argentino não perdoou. O placar aberto muito cedo.

   Aos 7’, a resposta: após bola alçada por Cauly, da direita, Caio Alexandre testou a queima-roupa, Fábio salvou no reflexo, a bola boiou na pequena área, o becão chegou primeiro e salvou de bico, a escanteio.

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  Daí a chuva apertou de com força, encharcou, várias zonas do gramado já empoçando, prendendo a bola, prejudicando a troca de passes sobretudo na lateral/corredor onde se concentram as emissoras de rádio/TV e os bancos de reservas. Impraticável. O espetáculo ficou feio, um baba aos chutões… e a arbitragem paralisou, aos 17 minutos, dando um tempo para ver se a chuva amainava. Faz tempo não se via a Fonte Nova nesse estado, um toró, um volume d’água absurdo e a drenagem não suportou.

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  Quase uma hora depois, a bola voltou a rolar com o gramado mais enxuto, a chuva cessou um pouco. No recomeço, a mesma pressão do Fluminense, forçando os erros defensivos do Bahia, que chegava mas não conseguia finalizar direito. Aos 25’, Jean Lucas pegou um rebote na frente da meia lua e bateu rasteiro, a palmo do poste. Aos 29’, Marquihos deu a resposta, o chute passou rente ao poste de Marcos Felipe. Aos 30’, Ademir exigiu boa defesa de Fábio. O Bahia em cima,  

– Gol! 1 x1, aos 35min. Caio Alexandre, em vistosa jogada individual, após cobrança de escanteio., empatando a partida. Mais justo, pelo volume de ações, lá e cá.  

 Por volta dos 38’, uma trama coletiva, finalização e gol do fluminense anulado, o bandeira pegou impedimento. Aos 42, bola alçada na área carioca, cabeçada de Gabriel Xavier, fora. Aos 45’, Thaciano achou espaço na área e bateu firme, outra boa defesa de Fábio. Aos 48’, Jean Lucas penetrou na área e foi puxado pelo ombro por Samuel Xavier… o árbitro mandou levar e a moçada tricolor pediu pênalti.

  Primeira etapa em dois panoramas, antes e depois da parada por conta do campo alagado pelas chuvas. Na primeira parte, o Fluminense melhor, marcando alto e sabendo provocar e usufruir dos erros defensivos dos baianos; fez 1 x 0 assim. Na volta, com o relvado mais enxuto, o Bahia com outra postura, as linhas avançadas, buscando o gol; achou, num belo e colocado chute de Caio Alexandre. Empate justo.

   A segunda etapa começou quase na boca da quarta-feira, sem chuva, relvado em boas condições. As mesmas equipes no retorno da merenda. O Bahia mantendo a postura com que terminou a primeira etapa, marcando alto, ofensivo. Os cariocas na manha, marcando, cercando, apostando num vacilo do adversário. Aos 8’, saiu Lima, com cartão amarelo, entrou Kennedy – mais ofensivo. O jogo ficou mais pegado, faltoso. O Bahia atuando mais no campo carioca, apertando.

  – Gol! 2 x 1 Bahia, aos 16 minutos. Um golaço de Cauly, recebendo na entrada da área, entortando Manuel, limpando e batendo forte cruzado, pelo alto, desempatando e virando.

   Inferiorizado no placar, o time carioca avançou, foi pra cima. Aos 20’, Diniz pôs mais dois em campo – AlexSander e Diego Costa, saem Diego Barbosa e Manoel. A chuva voltou, mais maneira. Ceni pôs Biel e Rezende (saíram Ademir e Caio Alexandre).  Com o Bahia controlando bem as ações, Diniz mudou mais dois, a meninada do Xerém, foi pro tudo ou nada: Kauã e Isaac substituindo Samuel Xavier e Kano.

  – Aos 36’, Biel, livre e de frente na grande área, desperdiçou, bateu pra fora.  Ceni mexeu, tirando Everto Ribeiro e Thaciano, colocando Averaldo de Carlos Da Pena. Aos 39’, Everaldo ficou de cara e arrematou pra fora. Outra chance desperdiçada de matar o jogo. O time carioca forçando, saindo inteiro pra área baiana. Aquela pressão final do Flu e Ceni, pra ganhar tempo, tira Cauly e põe Cicinho. O árbitro acrescentou 5 minutos ao tempo normal, o time de Ceni mostrou maturidade, sem sofrências, venceu.   

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  Destaques

– Ótimo jogo de Everton Ribeiro, o golaço de Cauly, Caio Alexandre, Juba, a força de Thaciano… O miolo de zaga mais ajustado, com Cuesta e Gabriel Xavier.

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Ficha técnica

– O Bahia de Rogério Ceni: Marcos Felipe, Santiago Arias, Gabriel Xavier, Cuesta e Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly; Thaciano e Ademir.

– O Flu/RJ de Fernando Diniz: Fábio, Samuel Xavier, Manoel, Martinelli e Diego Barbosa; André, Lima e Ganso; Marquinhos, Kano e Johny Arias.

– Arbitragem de João Vitor Gobi /SP (?), com VAR.  

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 No domingo tem mais um BaVi ou Vi x Ba, porque o confronto é no Barradão, onde o Leão ganhou dois dos clássicos deste ano (perdeu um e empatou outro na Fonte Nova).

– O Vitória não joga nesse meio de semana, treina e descansa para enfrentar o rival tricolor, mas não vai contar com o meia Dudu, machucado, com problemas nos ligamentos do joelho (cerca de um mês parado). Desfalque, porque Dudu tem sido o marcador duro de Everton Ribeiro, é um atleta vigoroso, canhoto e bom puxador de contragolpes.

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 A segunda rodada segue na quarta-feira.

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Foto: EC Bahia/