Sucessos dos 42 anos de carreira de Tonho Matéria na Micareta de Feira

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As vésperas de completar 60 anos de idade no mês de maio, Tonho Matéria está com vários projetos para agitar a cena musical. No próximo fim de semana, ele estará em dose dupla na Micareta de Feira de Santana: no sábado 20, puxa trio elétrico no circuito Maneca Ferreira, e no domingo, 21, se apresentará com Autorais, uma formação com os também cantores Jorge Zarath e Tenison Del Rey, na Praça da Kalilândia, circuito Charles Albert.

Para o repertório que será apresentado na folia fora de época feirense, Tonho incluiu os sucessos “Olodum Força Divina”, “Rum Bragadá”, “Ginga e Expressão”, “Menina Me Dá Seu Amor”, “Vieram Três Pra Bater No Negro”, entre outros. Motivos não faltam para as comemorações. Além dos 42 anos de carreira, este ano o sucesso “Melô do Tchaco”, que caiu no gosto popular e mostrou Tonho para o Brasil, completa 30 anos.

Música faixa de abertura do LP “Tá na Cara”, em 1994, “Melô do Tchaco”, gravado durante o inverno daquele ano, se tornou um dos maiores sucessos do Carnaval de 1995. “O nome original da faixa era “Pout Pourri Samba Duro”, uma junção de seis músicas da cena do samba de bairros da periferia de Salvador. “A música faz citações a grupos diversos que bebiam na fonte do Samba Duro da época, um deles mais tarde se transformaria na Gang do Samba. É muita coisa pra resgatar e comemorar”, disse Matéria, declarado defensor do Samba-reggae.

Somando os projetos permanentes desenvolvidos pela Mangangá, as comemorações dos 42 anos de carreira e as três décadas do sucesso “Tchaco”, que deverão acontecer até o fim do ano de 2024, a Aldeia Tribal, produtora que cuida da agenda do cantor e compositor, estará com mais três atrações na edição da Micareta: Filhos da Bahia, dia 19, Dado Brazzawilly, dia 20, e Negra Jhô & Corte Africana, dia 21.

Grande vencedor do Oscar da Capoeira de 2023, com votação da edição ocorrida no Rio de Janeiro, Tonho completa 49 anos praticando capoeira e levando para os debates a importância da prática como ferramenta de inclusão. Através da Mangangá, a Associação Sócio-Cultural que dirige, desenvolve projetos que dão oportunidade aos jovens de comunidades carentes de Salvador e da região metropolitana da capital baiana. Todas as ações e atividades da associação são voltadas para jovens negros em situação de vulnerabilidade social.