Durante seis dias, Salvador receberá um dos maiores eventos literários, a Bienal do Livro, que acontece entre os dias 26 de abril e 1° de maio. Editoras, livrarias e escritores de todas as partes do país estarão na capital baiana para divulgar suas obras. A Raiz Livraria promete ser um point de encontro dos escritores baianos. A iniciativa da administradora e escritora baiana Katiana Rigaud fomenta a leitura e a divulgação de obras de autores locais. “A Raiz é um movimento transformador e multiplicador. Cria espaço, oportunidade pensando sempre na coletividade. Incentiva a leitura, a escrita e a produção literária de escritores incríveis que precisam ser mais conhecidos”, define Rigaud.
No stand da Raiz Livraria na Bienal do Livro da Bahia nove autores vão se revezar na atenção aos leitores que terão a oportunidade de conhecer quase cem títulos, de mais de 40 autores, a grande maioria natural do nosso estado. O movimento, iniciado em 2020, nasceu como ‘Clube da Lu’, como um clube de assinatura de leitura. Como o principal objetivo da fundadora era abrir de visibilidade para escritores independentes e desconhecidos do grande público, a proposta foi se ampliando. Hoje, a Raiz Livraria organiza mensalmente o democrático Flicafé, movimento literário abraçado pelo shopping Itaigara, e parceria como alguns estabelecimentos como o Café Fofoca e Arte, onde os exemplares ficam disponíveis para a venda ao longo de todo mês. “A gente é uma semente boa. O movimento não busca só a venda de livros, não é apenas comércio. Somos fruto de um ideal muito maior”, destaca Katiana.
Sororidade Literária
Todo esse movimento nasceu quando Katiana estava prestes a completar 40 anos e decidiu escrever seu primeiro livro. Ela sentiu na pele a dificuldade de espaços para divulgar sua obra. E decidiu fazer para si e que pudesse beneficiar todos os autores iniciantes. “Não tinha lugar para a gente. Só me ofereceram Instagram e robôs que não constroem amizades e relações afetivas e efetivas de troca”, destaca.
Desde então, Katiana Rigaud carrega consigo seus três livros publicados e muitos outros de escritores anônimos para o público. Ela é nsansável para abrir novas portas, apresentar cada obra e participar de eventos para divulgar as obras literárias. É uma espécie de sororidade literária. E a cultura só ganha. “A cultura é viva. Assim vivo!”, conclui a escritora Katana Rigaud.
Atualmente, a escritora trabalha na finalização do próximo livro, desta vez voltado para sua área de formação acadêmica, administração. Além do novo projeto literário, Katiana tem três livros publicados – Prefiro Gente e Diário de Roberta que fazem sucesso entre os adolescentes, além de uma obra voltada para o público infantil intitulada Todo mundo é muita gente.