Por Zédejesusbarreto
Uma partida de dois tempos distintos. Um Leão dominador e absoluto no primeiro tempo fez 2 x 0, com um golaço de bicicleta de Alerrandro, mas teve um zagueiro expulso já perto do final; Daí, uma segunda etapa com o Leão todo recuado e a Raposa mineira em cima, acuando, até conseguir o empate. Chuva e o torcedor saindo frustrado do Barradão, o time em campo não soube, não teve pernas para segurar a vantagem, cedeu o empate (2 x 2) e, não fosse as defesas ‘milagrosas’ de Lucas Arcano teria levado uma virada.
Com o empate, o Leão foi a 22 pontos, saiu da zona e empurrou o Corínthians pra baixo.
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No Barradão
– Noite de segunda chuvosa, 26 graus, lua cheia escondida, arquibancadas com bom público, apesar do tempo, barulhando; e aquele gramado conhecido, cuidado mas pesado, fofo, escorregadio. O rubro-negro (com 21 pontos, em 17º lugar) na luta para sair da zona de baixo da tabela; o Cruzeiro querendo encostar no grupo de cima. O duelo fecha a 23ª rodada.
– O Leão baiano com seu uniforme em vermelho&preto tradicional; a Raposa mineira de branco total.
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Com bola rolando …
– O Leão da casa começou com as linhas de marcação altas, forçando, trabalhando mais no campo inimigo. A Raposa se defendendo. Muito corpo-a-corpo, o Vitória ganhando as divididas, chegando com perigo sempre com bolas alçadas, sufocando. Até os 15’ só o Vitória arriscou chutes em gol, Cássio trabalhando. Os mineiros acuados, claramente estranhando as condições do gramado. Nesse lufa-lufa na área mineira, Luan chutou, visando o gol, e a bola bateu, desviou no braço do zagueiro. O árbitro marcou pênalti, aos 23 min.
– Gol! 1 x 0 Vitória, Osvaldo bateu forte, pelo alto, no canto, sem defesa, abrindo o placar aos 25 minutos.
Até então, só deu Leão em campo.
– Golaço! 2 x 0 Vitória, aos minutos. Bola alçada, a zaga não resolveu e Alerrando pegou de primeira, de bicicleta, num lance plástico, elástico… e a bola, rápida, entrou por cima, na gaveta de Cássio, sem defesa. Belíssimo lance do centroavante rubro-negro.
A Raposa mineira precisava acordar, entrar no jogo, não via a cor da bola. Só aos 32 minutos o primeiro chute a gol dos mineiros, Caio Jorge para boa defesa de Lucas Arcanjo. Os mineiros foram para cima.
– Aos 37’, Neris vacilou com o gramado escorregadio, Kaio Jorge esperto roubou-lhe a bola e estaria livre, de cara, quando foi puxado pelo zagueiro, falta e expulsão do zagueiro, que era o último defensor. O Leão com um atleta a menos a partir daí. O treinador tirou de campo Alerrandro, o autor da ‘obra prima’ do segundo gol, e colocou o defensor Edu, para recompor a zaga.
O Leão soube resistir e desceu para o intervalo com uma boa vantagem, 2 x 0 no placar, mais que justo pelo domínio total rubro-negro até a expulsão do zagueiro Neris. O Leão, mais afeito às condições do relvado, entrou ligado, correndo muito, disputando cada lance, amassando. Expectativa para uma segunda etapa diferente, até porque o Cruzeiro tem um atleta a mais em campo. Como o Vitória iria se portar?
Segunda etapa:
– Nos vestiários, os dois treinadores mexem – o avante experiente Carlos Eduardo no Vitória; Vital e o camisa 10 Matheus Pereira no Cruzeiro. Estratégias. A Raposa precisava se soltar, avançar suas linhas, buscar fazer gols, mudar o panorama. O Leão fechadinho atras, na moita, marcando duro, só no bote do contragolpe; era preciso manter a vantagem. A chuva deu uma trégua, a lua gorda mostrou a cara, entre nuvens.
– O Cruzeiro, agora dono da bola, na pressão. Lucas Arcanjo começava a aparecer com boas intervenções, e na manha do cai-cai, travando, gastando tempo, garantindo. A Raposa em cima, mas sem conseguir machucar. De tanto pressionar…
– Gol 2 x 1 Cruzeiro, Dinenno, de cabeça, escorando bola alçada, acertando o canto, aos 34’.
O Vitória todo recuado, alguns jogadores já sem pernas, a Raposa mineira assediando, querendo mais. Aos 37’, defesaça de Lucas Arcanjo, alástico, espalmando chute de Matheus Henrique. Pressão total.
– Gol! 2 x 2, novamente Dinenno, de cabeça, escorando outra bola alçada na áreaz baiana, ganhando pelo alto, acertando o ângulo. Muita reclamação dos jogadores rubro-negros, o VAR consultado, o gol mantido, validado.
Ainda deu tempo (com os 8 min de acréscimos) para Lucas Arcanjo se destacar com duas defesas espetaculares, evitando a virada, o pior, o Leão já batido. Afinal, um empate justo pelo que produziu o Vitória na primeira etapa e pelo domínio do Cruzeiro no segundo tempo, com um a mais em campo.
Destaques:
Lucas Arcanjo, grandes defesas, evitou o pior. O golaço de Alerrandro, de bicicleta (e o treinador tirou ele de campo!, putz). Neris comprometeu com a expulsão. Mateuzinho, enquanto teve pernas.
No Cruzeiro, Dinenno pelos dois gols de cabeça, a aplicação da equipe em busca de uma mvirada na segunda etapa.
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Ficha técnica
– O Vitória escalado por Carpini: Lucas Arcanjo, Lepo, Neris (expulso), Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Luan (Caio Vinícius), Ryller (Leo Naldi), Machado (Carlos Eduardo) e Mateuzinho; Osvaldo(Ze Hugo) e Alerrandro (Edu).
– O Cruzeiro com bons desfalques, em decorrência da maratona de jogos, sob comando de Fernando Seabra: Cássio, Ramiro, João Marcelo, Villalba e Marlon; Lucas Silva, Lucas Romero, Matheus Henrique, Barreal; Arthur e Kaio Jorge. (Matheus Pereira, Vital, Dinenno e Kayki Jr, wallace)
– No apito, o veterano Marcelo de Lima Henrique
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– Pela rodada 24, o Vitória encara o São Paulo, domingo, às 18h30, no Morumbi.
Foto: Victor Ferreira/EC Vitória