O atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), lidera com vantagem a popularidade digital entre os candidatos à prefeitura da capital baiana. O cenário replica o que acontece no Recife e no Rio de Janeiro, onde os atuais prefeitos também dominam o âmbito digital.
Reis marca 74,7 pontos no IPD (Índice de Popularidade Digital), analisado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest e que vai de 0 a 100. Ele é seguido por Geraldo Júnior (MDB), com 38,5 pontos, e Giovani Damico (PCB), com 33,4.
O IPD é calculado por meio de algoritmo que coleta e processa 175 variáveis das plataformas X (ex-Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, Wikipédia e Google. O período avaliado foi de 1º de julho a 10 de agosto.
O candidato do PSOL, Kleber Rosa, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas, está na quarta colocação no IPD. Completam o quadro Eslane Paixão (UP), com 19,5 pontos, e Victor Marinho (PSTU), que chega a 11,7 pontos.
Para a nota final do índice, são consideradas cinco dimensões: fama (número de seguidores), engajamento (comentários e curtidas por postagem), mobilização (compartilhamentos), valência (proporção de reações positivas e negativas) e interesse (volume de buscas).
Bruno Reis atinge nota máxima em interesse, o que indica grande volume de buscas pelo nome do candidato nas plataformas avaliadas. As redes dele vêm crescendo em números de seguidores, que, em geral, parecem aprovar as postagens do prefeito, interagindo com elas e deixando menções positivas.
A única dimensão em que ele pontua abaixo do máximo é em mobilização. Ainda assim, o candidato vai melhor nesse quesito que os adversários, indicando bom número de compartilhamentos.
Reis é o sucessor de ACM Neto (União) e foi eleito vice na chapa para a reeleição do ex-prefeito em 2016. Quando ACM Neto renunciou à prefeitura para disputar o governo estadual da Bahia, em 2022, Reis assumiu a gestão da capital.
O segundo colocado no levantamento, Geraldo Júnior, enfrenta uma situação bem diferente. Mesmo com o apoio do presidente Lula (PT), o emedebista tem desempenho fraco na maior parte das dimensões avaliadas pelo IPD.
Em valência, sua pontuação é mediana, o que indica um número maior de menções negativas ao nome do candidato nas redes sociais. Seus perfis têm baixo ritmo de crescimento de seguidores, o que, combinado com poucos compartilhamentos e interações, leva a popularidade digital dele a ser considerada estagnada.
A única dimensão em que ele se destaca é em interesse, o que indica um bom volume de buscas pelo nome do candidato.