Brasil volta a jogar mal e perde do Paraguai

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Por Zédejesusbarreto

 Uma atuação decepcionante em todos os sentidos. Uma seleção (?) desencontrada coletivamente, errando em todos os setores, os astros (como Vini Jr, Rodrygo, um tal Paquetá…) apagados, um time que se mostrou desmotivado, perdendo no corpo-a-corpo, chegando atrasado nas divididas, sem nenhuma criatividade… A cada jogo parece pior. No torneio chamado de Eliminatórias, ou classificatórias, para a Copa 2026, o aproveitamento da seleção brasileira é abaixo dos 50%.  Dez pontos, quinto lugar. Muito pouco. Cadê o respeito à camisa, sua história?  

   O Paraguai peleou, guerreou, marcou, tentou … e, com certeza, foi melhor, jogou mais, teve chances de construir um placar melhor. Os Guaranys, nossos vizinhos, fizaram apenas dois gols até agora, na competição. Creiam, perdemos pra eles. 

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Em Assunção

– O tradicional estádio Defensores Del Chaco, casa cheia, grama alta, tapete, noite limpa…

–  O Brasil em campo com 10 pontos ganhos, 4º colocado; O Paraguai em 7º lugar, com seis pontos, rivalidade histórica. O time da casa de vermelho e branco, camisas listradas e o Brasil com a amarelinha tradicional.  

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Com bola rolando…

 – Joguinho morno e pobre no começo, disputa pelo meio campo, muita pegada, cai-cai, nada acontecia até que…

– Gol! 1 x 0 Paraguai, Diego Gomez, ajeitou da meia lua, livrou-se da marcação frouxa de Paquetá, limpou e bateu de trivela, acertando o canto, a bola ainda trincou no poste e entrou. Àlison, braço curto, não chegou nela. Aos 19min.

 – A resposta brasileira aos 24’, depois de jogada de fundo de Vini Jr, pela esquerda, Arana bateu de frente massem força e o zagueiro salvou quase em cima da linha. Um Brasil perdido, enganchado na marcação pressão dura dos paraguaios, errando passes, desarticulado. Os ‘guaranys’ venciam e jogavam melhor. Trinta minutos e nada ou quase nada criamos. Nosso meio-campo corre, corre e não chega. Aos 45’, Enciso tentou de longe, bola nos braços de Álison. E foi só.

 – O Brasil fez um primeiro tempo ruim, pior ainda que o jogo passado. Em ação, um ‘arrumadinho’ de baba. Não temos laterais, jogadas de fundo e nosso meio de campo é pobre de articulação. Nossas ‘estrelas’… apagadas. Um placar justo, o Paraguai postou-se bem, estrategicamente, fechadinho e brigando muito pela bola. Aceitamos.

 Segundo tempo: – Dorival Jr mexeu no intervalo; pôs Luis Henrique e João Pedro em campo, saíram Endrick e B Guimarães. Era preciso atacar, finalizar, buscar o gol. Os paraguaios correndo, famintos; postados para o contragolpe em velocidade, valorizando a posse de bola e ganhando tempo. Com 2min, Rodrygo recebeu limpo na frente da grande área, pelo meio, arriscou e o chute passou muito alto.

 – Aos 8’, jogada pela direita de Luis Henrique, cruzamento de fundo, cabeçada de J Pedro, por cima. Aos 11’, outra boa jogada de L. Henrique, cruzamento na medida, Arana desperdiçou. Aos 24’, Rodrygo rompeu pelo meio, Vini Jr pegou a sobra e chapou fraco, nas mãos do goleiro. Aos 26’, quase chegamos na bola aérea, num escanteio. Aos 27’, Vini Jr tentou de longe, Gatito espalmou. Aos 31 e 32 minutos, dois lances de área, a defesa brasileira pastando, por muito pouco os paraguaios não ampliaram.

 – Depois dos 30’, Dorival Jr pôs em campo Gérson e Lucas; saíram Rodrygo e Paquetá, apagados. Aos 40’, Estevão no lugar de Arana (nada mostrou).  

 O Paraguai administrou bem, com competência. E a torcida fez festa, com méritos, no Defensores del Chaco.      

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Destaques

– Que seleção? Um goleiro de duas copas perdidas, chama gol; não temos laterais, nosso miolo de zaga mostra falhas por baixo e por cima, quando exigido; o meio de campo é indigno – Paquetá, B Guimarães? Vini Jr outra vez decepcionante, Rodrygo perdido… De positivo a entrada de Luis Henrique, buliçoso. Muito pouco. Não se pode chamar um timeco desse de ‘seleção brasileira’, francamente!  Dorival, cadê a equipe, o jogo coletivo, o tesão? A turma parece desmotivada, desacreditada. É preciso mexer, de vera, renovar, tentar algo diferente ou…   

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 Times escalados:

– A Seleção Brasileira de Dorival Jr: Álison, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Arana; André, Bruno Guimarães (Luis Henrique), Paquetá (Gerson); Rodrygo (Lucas Moura), Endrick (J Pedro), Vini Jr.  

– A Celeste Olímpica do Uruguai, do treinador Gustavo Alfaro: Gatito, Caceres, Balbuena, Alderete (Velasquez) e Junior Alonso; Bombadilla (Sosa), Vilassantti e D. Gomez (Arce); Almiron (Cuenca), Pitta e Enciso (Riveros).  

Obs: Cinco atletas uruguaios atuam em clubes brasileiros (Gatito, Junior Alonso, Bobadilla, Vilassantti e Pitta; o zagueiro Gustavo Nunez, do Palmeiras, de fora por suspensão).

– Arbitragem uruguaia, Andrés Matonte no apito.

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Outros jogos da rodada sul-americana:

– Colômbia 2 x 1 Argentina (a campeã da América e do Mundo caiu em Barranquilla, para a Colômbia de Árias e James Rodriguez)

   Chile 1 x 2 Bolívia; Equador 1 x 0 Peru; Venezuela 0 x 0 Uruguai

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 Classificação

– Argentina lidera, com 18 pontos ganhos; a Colômbia em segundo, com 16; Uruguai tem 15; Equador (11); Brasil (10 pontos, em 5º) … encostaram a Bolívia e o Paraguai com 9 pontos.   

Mudando de foco:

– O Bahia joga na noite da quinta-feira (dia 12), no Maracanã, contra o Flamengo, decidindo vaga para uma das semifinais da Copa do Brasil. O time carioca em vantagem, pois venceu o primeiro confronto na Fonte Nova, 1 x 0.

 – Pelo Brasileirãp, Série A, o Bahia volta a jogar no domingo, na Fonte Nova, contra o Atlético ‘Galo’ Mineiro.

 – No sábado à tarde, também pela Série A, o Vitória encara o Atlético de Goiás, em Goiânia, as duas equipes lutando pra sair da zona do desespero.

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Foto: CBF/