Bahia vence Criciúma e se mantem em cima. Vitória perde em Porto Alegre e patina em baixo

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Por Zédejesusbarreto
Na Fonte Nova, mesmo sem mostrar um grande futebol, o Bahia venceu o Criciúma – 1 x 0 –  e acrescentou mais três pontos (agora 45) em sua caminhada visando a uma vaga para disputar a Libertadores no ano que vem. Parte de torcida, ainda ressabiada com a goleada sofrida contra o Fortaleza, até ensaiou umas vaias no final, mas a verdade é que o time dominou todo o primeiro tempo, sofreu um pouco na segunda etapa, mas soube bem garantir o triunfo, até o final, sem grandes sufocos, sobretudo pela boa atuação do sistema defensivo. Na frente, um desperdício de chances, o placar poderia ter sido bem mais amplo.

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 Em Porto Alegre, o Vitória foi derrotado pelo Internacional (3 x 1), um placar que não traduz o equilíbrio das ações em campo. O Leão fez uma boa primeira etapa, mas sofreu um gol no finalzinho, num lance bobo de pênalti. Isso foi decisivo. Logo no retorno, ainda digerindo a merenda do vestiário, levou o segundo gol (2 x 0) e teve de sair pro jogo, buscar o empate. Diminuiu, numa jogada bem urdida, mas com a defesa adiantada, aberta, levou o terceiro num contragolpe e … 3 x 1, um placar ruim, que deixa o Rubro-negro ali colado, na porta de zona de rebaixamento, o torcedor apreensivo.  

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 – 28ª rodada, faltam 10 para o final da competição, retão final, é hora de ver, como diz o povo, “quem tem farinha no saco”.

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 Na Fonte Nova

  – Bahia 1 x 0 Criciúma – o suficiente para garantir os três pontos fundamentais para uma sequência ainda esperançosa de conseguir vaga para a libertadores, manter já a equipe fora de qualquer ameaça de cair, e findar a rodada 28 num honroso sexta lugar.  

    – Noite de domingo instável, chuvinha fina, primavera, arquibancadas com alguns espaços vazios (cerca de 25 mil presentes).

   – O Tricolor em 6º lugar na tabela de classificação (42 pontos), vinha de uma derrota/goleada para o Fortaleza (4 x 1), que deixou parte da torcida em agonia, questionado sobretudo o trabalho do treinador Rogério Ceni. Expectativa de recuperação, em casa, mantendo a meta de classificação para Libertadores/2025.

   – O Criciúma no meio da tabela, vindo de um triunfo (2 x 1) significativo diante do Grêmio, em Porto Alegre. As duas equipes e treinadores se conhecem bem, seria o quarto confronto entre eles na temporada.

   – O Bahia com seu uniforme tri-colorida; o Criciúma de amarelo&preto&branco.

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 Com bola rolando…

  – Um começo animado, as duas equipes buscando o jogo ofensivo. Muita disputa e marcação acirrada no meio de campo. O Criciúma aceso, perigava em jogadas de velocidade, explorando Allano e Bollasie, e aos 6 minutos chegou a meter uma bola no travessão, o atacante visitante estava impedido, mas assustou. O Tricolor tinha mais a bola, chegando mais, mas nenhuma finalização até os 15min, muito lento. Os visitantes mais fechadinhos, na espera de um contragolpe, na correria.

– Gol! 1 x 0 Bahia, Cauly, aos 31 min. Jogada insinuante pela direita de Santi Árias, rolou pra trás e Cauly pegou de primeira, da meia-lua, acertando o canto. Bonito.    

 – O Bahia continuou em cima, na frente; aos 36’ Caio Alexandre levantou na cabeça de Thaciano, o goleiro Gustavo salvou, elástico, espalmando pro alto. Aos 39’, uma sequência de escanteios, Thaciano escorou o último, pra fora. Aos 41’, Everaldo tentou, enviesado, por cima.

   O Tricolor foi melhor, findou o primeiro tempo com o domínio das ações e o placar favorável – 1 x 0, gol de Cauly. Pela intensidade poderia ser melhor, mais gols. Mas é aquele mesmo Bahia de Ceni, muito toque de bola, lento, carecendo de ser mais agudo, finalizar mais e melhor. O Criciúma pouco ameaçou o arco de Marcos Felipe.

  Segunda etapa – O Criciúma retornou ousado, assustando, todo à frente, explorando o veloz Allano, pela direita. Outro panorama, aos 2’ quase Bollasie empatou. O tricolor com dificuldades pra sair de trás, empurrado. Aos 5 e 6’ o Bahia respondeu, pondo o goleiro Gustavo a trabalhar e depois com a finalização de Jean Lucas, por cima. Aos 10’, na pressão dos sulistas, Juba e depois Thaciano evitaram o empate.

– Aos 13’, num contragolpe bem tramado, Santi árias teve a chance, livre, mas demorou e foi travado. Na cobrança do escanteio Gabriel Xavier testou a bola raspou o travessão de Gustavo. O Bahia já equilibrava. Uma partida mais franca, aberta. Aos 16’, nova chance de gol com Juba e Everaldo, prevaleceu o goleiro Gustavo.

 – Aos 18’, Ceni mexeu. Lucho e Ratão em campo, saíram Thaciano e Everaldo. Sangue novo em campo. No Criciuma, três mudanças.  Jogo aberto, franco. O Bahia chegava, tinha mais a bola, chegava no campo adversário, mas o Cricúma era muito perigoso nos avanços em velocidade. Ceni troca de novo no meio-campo- De Pena e Yago em campo, aos 32min.

– Aos 35’, boa arrancada de De Pena, Ratão finalizou mal. O Bahia mais fechado, buscando contragolpes, errando na sequência. O Criciúma na pressão, o Bahia suportando, administrando, sem achar o tom do contra-ataque.

– Aos 44’, cruzamento da esquerda e Ademir desperdiça, livre na pequena área. Aos 45’, cara a cara, Lucho Rodriguez completou um cruzamento rasteiro, pra fora. Chance desperdiçada, bola rente. Aos 50’, cabeçada de Vizeu, Marcos Felipe catou. Aos 50’, Ademir recebeu de cara, tirou do goleiro mas o zagueiro Rodrigo evitou o gol em cima da linha. Último contragolpe, quatro jogadores do Tricolor contra dois do Criciúma… outra chance absurda perdida. Valeu pelos três pontos.   

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Destaques

–  Estupenda partida de Kanu e Gabriel Xavier; Árias, no primeiro tempo, Juba eficiente; O gol de Cauly, a experiência de Éverton, que recebeu o terceiro amarelo e está fora do jogo contra o Flamengo. Dos que entraram, Ademir é um trapalhão, perde gols incríveis, Ratão dá uma no cravo outra na ferradura, Lucho perdeu um gol de cara. Fica a pergunta: Ceni não teria razão mantendo seus preferidos titulares? 

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Ficha técnica

– O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Santi Árias, Gabriel Xavier, Kanu e Juba; Caio Alexandre (De Pena), Jean Lucas (Yago Felipe), Everton Ribeiro, Cauly (Ademir); Thaciano e Everaldo (Lucho e Ratão).

– O Criciúma do treinador Cláudio Tencatti: Gustavo, Claudinho, Rodrigo, Tobias e Hermes; Barreto, Felipe Mateus (Viseu), Patrick de Paula (Dudu) e Marquinho Gabriel (Pedro Rocha); Allano e Bollasie (Arthur Cayke e Robert).

– Arbitagem de Édina Alves Batista/SP

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 Na próxima rodada o Bahia recebe o Flamengo, na Fonte Nova, sábado, às 19h.

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 No gigante da Beira Rio/RS

 – Internacional 3 x 1 Vitória – um placar por demais elástico e cruel para as pretensões do Rubro-Negro baiano, ainda lutando desesperadamente para não cair, se manter na Série A no ano que vem. Cada jogo é uma batalha final. O time brigou, atuou de igual pra igual, mas … não deu.   

    Tempo limpo, bom público nas arquibancadas, o Colorado com seu padrão vermelho tradicional, o Vitória de camisetas brancas, calções pretos.

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Com bola rolando …

 O Leão surpreendeu, marcando adiantado, no campo inimigo, pressionando. Daí, aos 5 minutos, Carlos Eduardo recebeu em profundidade, nas costas da zaga, e finalizou na saída do goleiro, mas o bandeira pegou impedimento do atacante, confirmado pelo VAR. O gol não valeu. Muita intensidade e equilíbrio.

 – Aos 13’, após uma saída equivocada de Lucas Arcanjo, numa cobrança de escanteio, Fernando acertou uma cabeçada na trave. Antes dos 20’, Machado vacilou numa passagem defesa-ataque e quase o Inter marcou. O Colorado já marcando melhor, vigiando Mateuzinho de perto, no comando das ações, o Leão marcando e suportando bem.  Até que…

  Aos 43’, Carlos Eduardo calçou o atacante do Inter na área rubro-negra, o árbitro em cima marcou a penalidade máxima, tola, numa falta desnecessária.

 – Gol! 1 x 0 Internacional, no pênalti bem executado por Allan Patrick, já aos 46 mim.   

  Uma primeira etapa parelha. O Vitória começou melhor, o Inter foi mais ofensivo a partir dos 30’ e se deu bem com o pênalti infantil cometido por Carlos Eduardo que lhe deu a vantagem – 1 x 0, no intervalo. Nada definido.

   Segunda etapa – Carpini mexeu no meio-campo, pôs William Oliveira e tirou Felipe Machado. O Leão precisava agredir, buscar o gol. Mas…

– Gol! 2 x 0 Inter. Wesley recebeu livre de marcação, encarou, passou pelo meio como quis e bateu na saída de Lucas Arcanjo, de cara. A defesa baiana espiando.

 O Leão tinha de ir pra cima, buscar um resultado melhor.

 – Gol! 2 x 1 Vitória, aos 14’, Wagner Leonardo diminuiu completando de cabeça uma falta bem levantada por Lucas Esteves. Aquela jogada tradicional, bem ensaiada.

  – O Leão estava bem vivo. Mateuzinho tentou, Alerrandro, livre, perdeu chance clara, de cabeça, pra fora. Aos 24’, Everaldo arrematou firme, Rochet evitou o empate.  

– Gol! 3 x 1 Inter, aos 47. O Vitória todo adiantado, Wesley arrancou num contragolpe e definiu. Foi só.

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Destques

No Vitória, como sempre, Wagner Leonardo e Mateuzinho, no jogo bem acompanhados por Lucas Esteves.  O Inter é uma equipe mais encorpada e mais cascuda, com jogadores rodados: o goleiro Rochet, Thiago Maia, Alan Patrick, o veloz Wesley, Valência…  

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Ficha Técnica

– O Inter, Colorado, do treinador Roger Machado: Rochet, Bruno Gomez, Vitão, Clayton e Bernabei; Fernando, Thiago Maia, Gabriel Carvalho e Alan Patrick; Wesley e Valência (Bruno Henrique, Tabata… )

– O Vitória, Leão baiano, do treinador Thiago Carpini: Lucas Arcanjo, Cáceres, Neris, Wagner Leonardo e Lucas esteves; Luan, F Machado (William) e Mateuzinho; Mosquito (Ze Hugo), Alerrandro e Carlos Eduardo (Everaldo).

– No apito, o complicado Wagner Nascimento/RJ

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  Pela rodada 29 o Vitória enfrenta o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte – dia 5 de outubro, sábado, 16h30.

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 Outros jogos da rodada

 – Palmeiras 2 x 1 AtléticoMG; Botafogo 0 x 0 Grêmio; São Paulo 3 x 1 Corínthians;

   Fortaleza 1 x 0 Cuiabá; AtléticoGO 1 x 0 Fluminense; Juventude 1 x 1 RBBragantino

   Cruzeiro 1 x 1 Vasco; e Flamengo 0 x 0 AthléticoPR (em andamento)

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 Classificação

 Botafogo (57 pontos), Palmeiras 56, Fortaleza 55, São Paulo 47, Flamengo 45 (?), Bahia 45, Internacional 45, Cruzeiro 43, Atlético Mineiro e Vasco com 36 pontos;

Na parte de baixo, Vitória (28 pontos), Corínthians 28, Fluminense 27, Cuiabá 23, e Atlético GO é o lanterna com 21.   

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   Seleção Brasileira

   Pela   rodada do torneio Eliminatório/classificatório sul-americano para a Copa do Mundo 2026/na América do Norte, a Seleção Brasileira, 6ª colocada na competição, enfrenta o Chile, dia 10 de outubro, em Santiago e o Perú, no dia 15, no Mané Garrincha, em Brasília. Para esses compromissos, o treinador Dorival Jr convocou os atletas, com algumas novidades: o centroavante Igor Jesus, do Botafogo, e o lateral Abner, do Lion, estreantes. Quatro jogadores que atuam no Brasil: Igor Jesus, Luiz Henrique (ambos do Botafogo), o lateral Alano (AtléticoMG) e o meia Gerson do Flamengo. 

Eis a lista com alguns pitacos:

 – Goleiros: Éderson (City), Bento (Al Nassr) e o manjado Álisson (Liverpool), um ‘chama gol’, como se diz no ‘futebolez’; melhor que ele temos Jonh (Botafogo), Leo Jardim (Vasco), Hugo (Corínthians), Wévereton (Palmeiras) e João Ricardo (Fortaleza).

 – Laterais: Danilo (que é reserva, quarto zagueiro e banco na Juventus da Itália, creiam), Vanderson (Monaco ?), Abner (Lion ?) e Alano (AtléticoMG) que não vem jogando nada, nem no time nem na seleção.

 – Zagueiros: Militão (Real Madrid), Bremner (Juventus), Gabriel Magalhães (Arsenal) e insiste um certo Marquinhos (PSG), fim de linha, nunca deu sorte na seleção.

 – Meio-campistas: André (Wolverhamptom), Gerson (Flamengo), Bruno Guimarães (Arsenal), o ‘queridinho e ordinário’ Paquetá (West Ham) e Rodrygo (Real Madrid)

 – Atacantes: Vini Jr e Endrick (Real Madrid), Raphynha (Barcelona), Savinho (City), Igor Jesus e Luiz Henrique (Botafogo).

    A gente lê e relê essa lista de selecionados, busca um craque de verdade e … nada. Só deus na causa, que um milagre aconteça e tenhamos, então, uma seleção de verdade.

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Foto: EC Bahia