Excursão do Poeta à Península Ibérica

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Por Henrique Ribeiro

Era 30 de abril de 2010 quando embarquei em uma aeronave no aeroporto 02 de julho e acordei 01 de maio de 2010 em Lisboa. Esta foi uma das noites mais longas da minha vida, dormir em abril no novo mundo e acordei em maio no velho.

Eu e a minha rainha ministra não estávamos em lua de mel, mas estávamos viajando para a Península Ibérica em comemoração aos 50 anos do ministro Arnaldo com sua esposa ministra Virgínia.

Em 03 de maio após explorar todos pontos turísticos de Lisboa e saborear um bom bacalhau, fomos para Fátima, assistimos a missa e a linda procissão das velas após interpretação emocionante da oração do Pai de Nosso em várias línguas.

A visita a histórica Santarém ocorreu no dia seguinte, onde visitamos a sua famosa igreja e logo após fomos nos divertir no coreto da pracinha onde tomamos umas “canhas” com batatas bravas.

O próximo passo era atravessar a fronteira luso-espanhola com o poeta na direção do furgão, ia tudo bem até encontrarmos um trecho pequeno de pista mal sinalizada, fato raro na Europa, diga-se de passagem, com transito muito lento, arrisquei ultrapassar e fui abordado pela Rodoviária Portuguesa a 17 km da fronteira que trafegava de forma discreta em uma viatura não menos discreta mas que abortou o meu entusiasmo para dirigir. Para variar, o poeta foi um alvo fácil de gozação, após este mico português, depois desta prefiro acreditar que os patrícios são mais espertos que pensamos e cogitamos nas nossas anedotas.

Almoçamos em um restaurante na beira da estada, cujo, o dono era um brasileiro de Goiás casado com uma portuguesa e radicado na Espanha.

Toledo à vista, esta foi nossa nova meta atingida no mesmo dia, hospedamos no H. Eurostar e passamos uma bela noite numa taberna com petiscos tão gostosos regados a vinho que até hoje não consigo esquecer. No dia seguinte, conhecemos melhor a cidade em forma de castelo com uma das maiores catedrais da Europa e seus traços tão bem descritos de forma original por Cervantes.

Madrid… Madrid… Ah chegamos em Madrid, não fui as toradas, mas visitamos todos monumentos e catedrais, tiramos fotos ao lado de uma linda Ferrari vermelha estacionada em frente ao Grande Hotel Hits. Encontramos no jardim um saxofonista solitário, executando Besamucho em plena luz e calor do sol, apesar da temperatura fria deste lindo dia e em seguida, fomos apresentados Dom Salvita, um clone do Rivelino, o amigo irmão do nosso cicerone Tio Jose Antonio Solanellas, um verdadeiro amigo, que nos levou a Serra Nevada onde o nome já diz tudo.

Na linda cidade de Madrid consegui comprar um ingresso para a corrida de Fórmula I, O Grande Prêmio da Catalunya.

Zaragoza foi a nova sensação com a sua linda Catedral de Nossa Senhora do Pilar e sua bela praça.

Após esta visita à catedral fomos almoçar num belo restaurante e ao pedir três “canhas” ouvir uma resposta muito acolhedora:

– O senhor não prefere 03 chopps da Brahma?

O Garçom era natural de João Pessoa na Paraíba e outros 07 garçons e garçonetes era brasileiros. A presença de brasileiros trabalhando na Europa é muito frequente, esta não foi a única situação que deparamos com brasileiros trabalhando, em outra oportunidade num shopping em Lisboa, uma mineira me atendeu numa loja de produtos de beleza.

A próxima meta foi Riudecols, o quartel general da nossa trupe, a partir daí, a cada dia partíamos para novas aventuras e voltávamos sempre a nossa base.

– Fomos assistir o grande premio dea Catalunya, que gerou a crônica The Ben-Hurs que se encontra no site: www.talentos.wiki.com.br. Neste grande prêmio me serviram um “bocadillo” de Ramom sem tirar o plástico, que percebi a tempo de não engasgar com ele, um mico à espanhola.

– A noite foi especial em Barcelona regada a vinhos e excelente gastronomia espanhola até as 02 da manhã.

– No dia seguinte Reus foi a bola da vez com suas lojas completas de vários produtos interessantes de perfumes a informáticos.

– Tarragona… Oh Tarragona com suas ruínas romanas, dando testemunho, que o Império Romano deixou provas incontestáveis provas da sua existência, tais como Circus Romanos e a residência de praia as margens do Mar Mediterrâneo do Pôncio Pilatos, o algoz de Jesus.

– Monteserrat com seu morro e um teleférico de tirar o fôlego, uma catedral monumental não escapou das nossa investidas turísticas.

Antes de chegar em Monteserrat descobrir no restaurante que está acima do peso é uma atitude desaprovada por amigos assim como também é considerado como mau exemplo por minha esposa, a verdade dói, mas serviu de alerta para me cuidar melhor. Para compensar arrisquei 20 centavos de euro na máquina de cata níqueis e ganhei 04 euros, que pena não ter arriscado maior valor.

– A famosa Vinícula de Codorniu fundada por Anna Cordoniu com mais de 30 km de garrafas das famosas cavas, nos proporcionou uma visita memorável

– O nosso último ponto visitado Principado de Andorra, uma zona franca comercial com os mais variados produtos, foi uma festival de compras.

Como sempre na vida do poeta emoções nunca faltam e se faltam ele cria-as. Como não bastasse o clima de despedida por demais emocionante, ao chegar no aeroporto em Barcelona, foi informado que só existia passagem de volta para minha mulher. Problema este que, foi resolvido com uma passagem alternativa até Lisboa, onde a empresa TAP resolveu o problema definitivamente, muito embora ainda dentro do avião aparecera uma linda mulher querendo minha poltrona, mas desta vez fui salvo pelo comandante que garantiu meu acento sem delongas e acomodou a moça em outro espaço.

Neste período para não perder o costume, voei lendo as Crônicas de Nárnia e em Riudecols li “A Conquista da felicidade” de Bertrand Russel, Prêmio Nobel de Literatura.

O voo Lisboa-Salvador foi sem surpresas, graças a Deus.

No Free Shop em Salvador foi realizada a última investida no cartão de crédito que não me decepcionou. O novo problema agora é conseguir liquidar a fatura do cartão que anda farta, exuberante e inesquecível.