A vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), denunciou, nesta quinta-feira (24), uma movimentação ilegal que chamou a atenção nos últimos dias: servidores da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (LIMPURB) foram deslocados para Camaçari para atuar na limpeza urbana da cidade.
“A transferência de servidores do município soteropolitano, para outra cidade, é uma nítida demonstração de uso indevido da máquina pública pelo prefeito Bruno Reis com interesses muito questionáveis”, declarou
Segundo Marta Rodrigues, o fato configura uma ilegalidade ao desrespeitar a Lei Orgânica do Município (LOM) da capital baiana. “Um grave desvio de competência da empresa cuja contrato é com a prefeitura soteropolitana. Utilizar a Limpurb em Camaçari é um escândalo que demonstra conivência de ambos os municípios com a inconstitucionalidade”, acrescentou.
Marta Rodrigues destaca, ainda, que a o envio dos trabalhadores para fora de sua zona de trabalho contratual deve ser urgentemente esclarecido tanto por Bruno Reis quanto pelo prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo. “É um desrespeito com a população de Salvador, com a população de Camaçari, que pelo visto não tem serviço de limpeza e ficou refém do serviço de outro município. Mas também é desrespeito com os trabalhadores. Se faz urgente esclarecimentos sobre esse medida que levanta dúvidas sobre suas reais intenções. É um caso que cabe até mesmo um recurso judicial”, declarou.
A vereadora de Salvador afirma que a situação é ainda mais vexatória e ilícita à medida em que Salvador encontra-se tomada pelo lixo, com reclamações constantes sobre falta de coleta e de limpeza urbana em diversos bairros.
“Precisamos entender por que trabalhadores de Salvador estão sendo enviados para uma cidade que possui sua própria gestão de serviços urbanos. Enquanto Bruno Reis manda a Limpurb para Camaçari, Salvador permanece tomada pelo lixo”, disse.
Para a petista, tal fato não só enfraquece a capacidade de Salvador de atender suas próprias demandas, como demonstra interesses espúrios. “É completamente questionável tal movimentação em plena campanha eleitoral. O prefeito de Salvador está emprestando, na cara de pau, os recursos públicos da capital para ajudar um aliado? A população soteropolitana merece respostas sobre este absurdo,” destacou.