Por Zédejesusbarreto
Com um atleta a menos em campo, desde o começo, o Botafogo venceu o Atlético Mineiro na final da Libertadores (2 x 1) e conquistou pela primeira vez em sua história o título de Campeão da América. Uma conquista heroica, de uma equipe aplicada, tenaz, vitoriosa. Título mais que merecido. Viva o Botafogo, o time da Estrela Solitária!
Campeão da Libertadores e líder do Brasileirão. Parabéns. Festa no Rio de Janeiro e em Buenos Aires.
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Uma final inédita, com duas equipes brasileiras disputando o título na Argentina, clima tenso, muita rivalidade, o Monumental de Nuñez quase lotado, a torcida brasileira invadindo Buenos Aires e…
Com menos de um minuto de jogo o apoiador Gregore, do Botafogo, foi expulso, após uma entrada aloprada, sem sentido, com o pé na cara do adversário, numa disputa de bola no meio de campo; absurdo, um desmiolado. O árbitro argentino nem vacilou. Imaginem, um atleta a menos em campo com menos de um minuto de partida. Nunca se viu isso numa final de Libertadores.
Todos imaginavam, então, um Atlético em cima, amassando, fazendo prevalecer sua vantagem numérica, mas quá! O Fogão, na alma, na determinação, com boa estratégia, acendeu, e…
– Gol 1 x 0 Luiz Henrique, aos 35’, detonando de canhota após boa trama coletiva.
O Galo sentiu, não conseguia encaixar seu jogo, não finalizava na frente e …
Aos 41’, o arbitro, com o auxílio do VAR, deu pênalti do goleiro Everson em Luiz Henrique
-Gol! 2 x 0, Alex Teles bateu forte, rasteiro, no canto, e ampliou aos 43’.
Com um atleta a menos, 2 x 0 Bota, sobrando fisicamente, coletivamente… o time carioca da Estrela Solitária desceu pro vestiário, no intervalo, com a vantagem de 2 x 0. Mesmo com um atleta a mesmo em campo.
Logo no retorno para o segundo tempo…
– Gol! 2 x 1 Galo, aos 2 min. O chileno Vargas, de cabeça, escorando no alto um escanteio levantado por Hulk, da esquerda. O Galo Mineiro estava vivo, voltava pro jogo, a decisão em aberto.
Quente, corrido, marcação dura, o Atlético inteiro em busca do empate e o Botafogo retraído, resistindo atrás, apostando num contragolpe para, quem sabe, matar o jogo. Os primeiros 20 minutos foram de pressão total do time mineiro, o goleirão carioca John trabalhando muito. O tempo passando e só o Galo atacava.
– Por volta dos 30’, substituições feitas pelos treinadores; Milito, do Atlético, todo na ofensiva, o time a desperdiçar boas chances. Artur Jorge, do Bota, renovando fôlego, reforçando a marcação, tentando garantir a vantagem no placar a qualquer custo, ganhando tempo, alguns jogadores já exaustos. Ritmo intenso, corrido.
– Gol! 3 x 1 Botafogo. Num contragolpe, já nos acréscimos, saiu o gol do título, dos pés do baiano Junior Santos, que entrou na segunda etapa.
Destaques para o goleiraço John, os zagueiros Adryelso e Barboza (como joga esse argentino); Marlon, Almada, Luiz Henrique, Junior Santos e … o treinador português Artur Jorge.
Viva o glorioso.
Foto: Botafogo FR