O fim do regime de Bashar al-Assad na Síria. Ditador deixa o país

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Após 13 anos de guerra civil, o regime do presidente Bashar al-Assad chegou ao fim. No domingo, forças rebeldes invadiram Damasco, proclamando vitória e encerrando décadas de domínio da família Assad.

A queda de Damasco

Sem enfrentar grande resistência, as forças governamentais abandonaram seus postos enquanto os rebeldes avançavam. Assad, segundo informações da Rússia, renunciou e deixou o país, embora sua localização permaneça desconhecida. Controlando a televisão estatal, os rebeldes declararam que a Síria está “livre do tirano”.

O primeiro-ministro sírio, ainda em Damasco, anunciou planos para formar um governo de transição. Enquanto isso, os rebeldes pediram que suas forças se mantivessem distantes das instituições públicas até a formalização da transição de poder.

Uma vitória após anos de impasse

O avanço rebelde marcou o fim de um longo impasse. Até recentemente, as forças opositoras estavam confinadas ao noroeste do país. Porém, em um movimento decisivo, conquistaram cidades estratégicas como Aleppo, Hama e Homs, libertando prisioneiros políticos detidos em prisões do regime.

Em Damasco, relatos indicam que soldados do governo abandonaram seus uniformes e postos. A população comemorou nas ruas, enquanto imagens de Assad eram queimadas e uma estátua de seu pai, Hafez al-Assad, foi simbolicamente atacada. Apesar da celebração, o trauma da guerra permanece evidente.

Um futuro incerto

A vitória dos rebeldes levanta questões sobre o futuro da Síria e da região. Vizinhos como Israel e Iraque reforçaram suas fronteiras, temendo instabilidade. A queda do regime pode criar um vácuo de poder, abrindo espaço para disputas por influência entre potências regionais e globais.

Internamente, o maior desafio é a governança. O principal grupo rebelde, Hayat Tahrir al-Sham, carrega um passado controverso, tendo sido ligado à Al Qaeda. Embora tenha se distanciado da organização, ainda é classificado como terrorista pelos EUA.

O colapso do regime de Assad pode, no entanto, abrir caminho para o retorno de milhões de refugiados sírios. O Ministério das Relações Exteriores do país emitiu uma nota que sinaliza esperança: “Uma nova página na história da Síria está sendo escrita.”

Preocupações internacionais

Embora muitos celebrem o fim do regime, há temores de que a nova liderança possa trazer desafios igualmente graves. O governo Biden e outros analistas destacam incertezas sobre a capacidade dos rebeldes de formar um governo estável e inclusivo.

Os próximos meses serão cruciais para determinar o rumo do país e seu impacto no Oriente Médio.