Bahia encara e empata com Fortaleza mas continua na beira da zona

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Por Zédejesusbarreto
O empate com o Fortaleza pode ter sido um bom resultado se observarmos o histórico recente do confronto, favorável aos cearenses, a qualidade e o momento técnico do Leão do Pici, o fato de a batalha ter sido no campo do adversário e de o Tricolor baiano ter atuado bem, sobretudo na primeira etapa – com raça, um time competitivo. Mas, do ponto de vista de pontos, de classificação, não foi bom porque o Bahia continua/foi dormir/na porta da zona de perigo (8 pontos) e pode, com o decorrer da rodada, até entrar no pavor do Z-4 – a depender dos resultados dos concorrentes.

 De todo modo, o torcedor há de reconhecer que a equipe jogou além até do esperado, de igual pra igual, e teve sim chances de vencer. O Leão do Pici é uma ‘fortaleza’ dentro de casa – venceu o poderoso Palmeiras no meio de semana, pela Copa do Brasil. Cabem elogios e confiança ao grupo, pois.   

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 Na Arena Castelão

 Clássico de tricolores nordestinos, campeões estaduais, abrindo a 9ª rodada. Rivalidade à flor da pele. Arquibancadas com bom público, o Fortaleza vinha de três triunfos seguidos em casa,13 pontos ganhos, 9º lugar na tabela de classificação, melhor ataque; O Bahia há 4 partidas sem vencer, sete pontos ganhos, 16º lugar, na porteira da zona do horror. Pior, com 7 desfalques; Biel e Jacaré de fora, com lesões musculares.

 – Tarde outonal de sábado com tempo bom, ameno, 29 graus de temperatura, gramado fofo de relvado alto, mastigado, bem conhecido, o tricolor da casa com camisas em listras horizontais, calções em azul; o Bahia de branco, com detalhes em vermelho e azul.   

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Com bola rolando …

– O Leão do Pici começou marcando forte, o campo inteiro, querendo impor-se com a posse de bola. Um Bahia cauteloso, sem achar espaço para manobras. Melhor trabalho coletivo do Fortaleza. Antes dos 20’, Renato Paiva perdeu o zagueiro Vitor Hugo, com uma pancada na face, entrou Gabriel Xavier (foi pro lado direito, onde sente-se mais à vontade, Kanu na esquerda).

  – Aos 19’, primeira pontada perigosa do Bahia, com Ademir, Thaciano e Cicinho dividindo com o goleiro, arrojado. Aos 20’, Thaciano arriscou de fora, passou perto. O Bahia em dois lances ofensivos, conseguiu equilibrar, assustando os cearenses. Aos 26’, Ademir tentou de longe, pra fora. Aos 32’, pausa para reidratação dos atletas.

  – Ademir bateu falta da intermediária, aos 39’, João Ricardo catou, bem colocado. Saiu Romarinho, sentindo a coxa, entrou Guilherme. Seis minutos de acréscimos. Aos 46’, um choque violento na entrada da grande área entre o goleiro Marcos Felipe e o atacante Guilherme, ambos olhando a bola. O cearense levou a pior, saiu de maca. Entrou Pikachu.  

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 Boa primeira etapa do Bahia, com Acevedo abusando de jogar bola, o destaque. Batalha dura e bem disputada.  

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 Nos vestiários, trocas: Lucero no lugar de Pochetino; Diego Rosa substituiu Rezende. Treinadores trabalhando, em busca de resultado. Sufoco inicial dos donos da casa, incentivados pela torcida, sem deixar o Bahia respirar. Logo aos 2 minutos, Pikachu recebeu livre, de Tinga, arrematou e errou o alvo. Ufa! Aos 5’, Pikachu serviu a Lucero, testada de raspão, fora.

  – Só aos 11’ o time baiano conseguiu chegar na frente, Cicinho dividiu com o goleiro J. Ricardo e ganhou escanteio. Aos 15’, o meia Cauly em campo, saiu o velocista Ademir. O Leão do Pici com mais controle de ações na segunda etapa. Torcida inflamada, mas o jogo caiu de qualidade.

 O Bahia travava o ritmo, resistia, os cearenses eram senhores do meio campo, pareciam mais inteiros.  Aos 40, Mingote substituiu Everaldo (nulo como centroavante). Tempo passando e nada acontecia. Aos 41’, Acevedo pegou rebote e tentou colocar, J Ricardo catou, bem colocado.  

  A arbitragem acrescentou 6 minutos, dramáticos. Aos 47’, Cicinho cruzou e Mingote, mesmo acossado, escorou pelo alto, fora. Aos 49’, gol anulado do Fortaleza, impedimento duplo, o auxiliar viu e o VAR confirmou. Deu empate.  

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  Destaques

 –  Acevedo, um monstro, o melhor em campo. Cicinho fez, sem dúvida, sua melhor apresentação com a camisa tricolor. Kanu e Davi Duarte, seriedade pura, sem erros. Ryan, Thaciano enquanto teve perna e fôlego. No mais, a raça, a aplicação de todos, não faltou luta de lado a lado. A boa estratégia do treinador Renato Paiva.

  Everaldo nada produziu e Ademir bem abaixo de um Biel, ou mesmo de um Jacaré.  

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Ficha Técnica

– O Fortaleza, “Leão do Pici”, do treinador Vojvoda: João Ricardo, Tinga, Britez, Titi, Pacheco; Hercules, Caio Alexandre, Pochetino, Calebe; Galhardo e Romarinho (Guilherme, Pikachu, Lucero, Romero, Zanocelo).

– O Bahia do ‘mister’ Renato Paiva: Marcos Felipe, Kanu, Davi Duarte e Vitor Hugo (Gabriel Xavier); Cicinho, Rezende (Diego Rosa), Acevedo, Thaciano e Ryan; Ademir (Cauly) e Everaldo (Mingote).

 Arbitragem paulista, com VAR – no apito, João Vitor Gabi.

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 – Pela 10ª rodada, sábado, dia 10, às 21h, Bahia x Cruzeiro – na Fonte Nova.

    A 9ª rodada segue rolando/fim de semana.

Foto: EC Bahia/Maurício da Matta