Anistia e paz social

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Por Joaci Góes

            Para o Cônsul da Espanha e amigo Ignacio Pérez Cambra!

            Vencida a primeira metade do seu terceiro mandato, as pesquisas revelam uma declinante popularidade do Presidente Lula, aparentemente, sem tempo hábil para recuperá-la, de tal modo adversos e breves os cenários da política e da economia, até às eleições, apesar do que dizem áulicos que exprimem confiança na possibilidade de um impensável cavalo de pau nas expectativas do bom senso.

            Atento ao conselho da experiência dos povos, que adverte no anexim espanhol “o que não tem remédio, remediado está”, Lula, sabiamente, apoiou para presidir as duas casas do Congresso Nacional, nomes do Centrão que lhe assegurem um fim de governo sem maiores percalços, ainda que consciente de uma tão ansiada quanto impossível recondução para um quarto mandato que consolidaria sua rocambolesca biografia como o iletrado e detento, por corrupção, mais bem sucedido da história humana.

            Além dos graves erros cometidos na condução do Governo, o que mais concorre para a perda de sua popularidade é a teimosa prática por Lula e seus companheiros de Partido de falarem, exclusivamente, para os seus eleitores, ignorando, quando não ofendendo, a inteligência de metade da população brasileira que não votou nele nem por ele nutre qualquer simpatia, ao reiteradamente, dizerem bobagens do tipo: “Vejam as maravilhas que fizemos, desde quando recebemos o País destruído pelo Governo Bolsonaro!”

            Sem dúvida, a condenação a penas exorbitantes dos que protestaram, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023, contra a eleição de Lula, constitui o momento mais infeliz da história de nossa Suprema Côrte. O correto seria identificar e mandar para a prisão as autoridades que retiraram toda vigilância da área, precisamente com o propósito de estimular a transformação do protesto em lamentável vandalismo, comportamento que não pode, em nome do mínimo de decência jurídica, ser confundido com impensável tentativa de Golpe de Estado. Seria ridículo, se não estivesse sendo trágica a suposição de que velhos, senhoras e crianças, sem portarem um canivete, sequer, pudessem derrubar um governo empossado e protegido pela segunda maior força militar de todo o Continente Americano. É por isso que no ano legislativo brasileiro que agora se inicia, o tema de maior interesse da sociedade é a aprovação do projeto que anistia os já injustamente condenados pela prática de um crime impossível e presos num flagrante forjado, também proscrito por nossas leis. Explica-se, por isso, o fracasso da infeliz iniciativa de Lula de tentar celebrar, com pompa e circunstância, ‘o aniversário do Golpe´, no último 8 de janeiro, rotundo fiasco que operou como sinal prévio anunciador da irresistível pressão da opinião pública em favor da aprovação do projeto  anistiador de um crime que não existiu.

            De fato, é de causar estranheza, para não dizer náuseas, ver uma Côrte que anulou milhares de anos de penas atribuídas a confessos assaltantes do Erário tomar-se de súbita indignação contra cidadãos sem qualquer passado criminal, numa imoral aderência aos interesses partidários de um grupo, ocasionalmente, no poder.

            Sem a aprovação do Projeto de Anistia, ora em tramitação na Câmara dos Deputados, não haverá paz social no Brasil.

Por Joaci Góes

            Para o Cônsul da Espanha e amigo Ignacio Pérez Cambra!

            Vencida a primeira metade do seu terceiro mandato, as pesquisas revelam uma declinante popularidade do Presidente Lula, aparentemente, sem tempo hábil para recuperá-la, de tal modo adversos e breves os cenários da política e da economia, até às eleições, apesar do que dizem áulicos que exprimem confiança na possibilidade de um impensável cavalo de pau nas expectativas do bom senso.

            Atento ao conselho da experiência dos povos, que adverte no anexim espanhol “o que não tem remédio, remediado está”, Lula, sabiamente, apoiou para presidir as duas casas do Congresso Nacional, nomes do Centrão que lhe assegurem um fim de governo sem maiores percalços, ainda que consciente de uma tão ansiada quanto impossível recondução para um quarto mandato que consolidaria sua rocambolesca biografia como o iletrado e detento, por corrupção, mais bem sucedido da história humana.

            Além dos graves erros cometidos na condução do Governo, o que mais concorre para a perda de sua popularidade é a teimosa prática por Lula e seus companheiros de Partido de falarem, exclusivamente, para os seus eleitores, ignorando, quando não ofendendo, a inteligência de metade da população brasileira que não votou nele nem por ele nutre qualquer simpatia, ao reiteradamente, dizerem bobagens do tipo: “Vejam as maravilhas que fizemos, desde quando recebemos o País destruído pelo Governo Bolsonaro!”

            Sem dúvida, a condenação a penas exorbitantes dos que protestaram, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023, contra a eleição de Lula, constitui o momento mais infeliz da história de nossa Suprema Côrte. O correto seria identificar e mandar para a prisão as autoridades que retiraram toda vigilância da área, precisamente com o propósito de estimular a transformação do protesto em lamentável vandalismo, comportamento que não pode, em nome do mínimo de decência jurídica, ser confundido com impensável tentativa de Golpe de Estado. Seria ridículo, se não estivesse sendo trágica a suposição de que velhos, senhoras e crianças, sem portarem um canivete, sequer, pudessem derrubar um governo empossado e protegido pela segunda maior força militar de todo o Continente Americano. É por isso que no ano legislativo brasileiro que agora se inicia, o tema de maior interesse da sociedade é a aprovação do projeto que anistia os já injustamente condenados pela prática de um crime impossível e presos num flagrante forjado, também proscrito por nossas leis. Explica-se, por isso, o fracasso da infeliz iniciativa de Lula de tentar celebrar, com pompa e circunstância, ‘o aniversário do Golpe´, no último 8 de janeiro, rotundo fiasco que operou como sinal prévio anunciador da irresistível pressão da opinião pública em favor da aprovação do projeto  anistiador de um crime que não existiu.

            De fato, é de causar estranheza, para não dizer náuseas, ver uma Côrte que anulou milhares de anos de penas atribuídas a confessos assaltantes do Erário tomar-se de súbita indignação contra cidadãos sem qualquer passado criminal, numa imoral aderência aos interesses partidários de um grupo, ocasionalmente, no poder.

            Sem a aprovação do Projeto de Anistia, ora em tramitação na Câmara dos Deputados, não haverá paz social no Brasil.