Israel lançou, na manhã desta sexta-feira (13), um ataque sem precedentes contra o Irã, mirando o centro do programa nuclear iraniano e figuras-chave das Forças Armadas do país. A ofensiva eleva drasticamente o risco de uma escalada no Oriente Médio.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), cerca de 200 caças foram mobilizados e mais de 330 munições foram disparadas contra mais de 100 alvos em território iraniano. A ação, descrita por uma fonte militar à CNN Internacional como “não sendo um ataque de um único dia”, segue em andamento.
Entre os alvos atingidos estão líderes militares de alto escalão e cientistas nucleares iranianos. Autoridades de segurança israelenses afirmam que a ofensiva matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária, General Hossein Salami, o Major-General Mohammad Bagheri, mais alta patente militar do Irã, e o ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional, Ali Shamkhani.
Um dos principais focos do ataque foi a instalação nuclear de Natanz, a mais importante do país. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, até o momento, não houve alteração nos níveis de radiação no local.
Em retaliação, o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel. As defesas aéreas israelenses estão mobilizadas para interceptar os dispositivos.
Estado de emergência e mobilização militar
Diante da escalada, Israel decretou estado de emergência: escolas foram fechadas, aglomerações proibidas e atividades não essenciais suspensas. Hospitais receberam ordens para interromper atendimentos ambulatoriais e se transferirem para áreas protegidas. O Exército israelense convocou “dezenas de milhares” de reservistas para reforçar a segurança nacional.
Espaços aéreos fechados
Israel, Irã e Jordânia fecharam seus espaços aéreos. O Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, permanece fechado para pousos e decolagens.
Repercussão internacional
A comunidade internacional reagiu com preocupação. Países como Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia manifestaram alarme com a ofensiva israelense, pedindo contenção de ambos os lados e esforços para evitar uma guerra em larga escala.
Alerta dos Estados Unidos
Os Estados Unidos emitiram um alerta de segurança a seus funcionários e familiares em Israel, recomendando que permaneçam abrigados. Cidadãos americanos no país foram orientados a adotar medidas de precaução e identificar rotas de acesso a abrigos de emergência.