Por Ernane Gusmão
Qdo eu “morrer”,náo quero a cova escura,
Nem a gaveta fria de cimento…
Eu quero em cinzas ser lançado ao vento,
Ao léo da sorte,sobrea terra dura.
E ao vir a chuva a sutil textura…
Seja lavada e nesse novo alento
Penetre o solo,seja um bom fermento
Da terra e volte como relva pura.
E qdo amigos me vierem ver
Nessa nova vida q eu vou viver
Náo me procurem á tumba recusada…
Me vejam sobre os campos vicejando…
Nos trinos q os canários váo cantando,
No relincho de um potro em disparada.
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Poeta, médico e musicista