Após seis anos e meio de uma guerra judicial, cinco sentenças foram publicadas hoje (11), em cinco diferentes processos, condenando o Yacht Clube da Bahia pela prática de perseguição política e terão que pagar indenizações ao ex-Comodoro Marcelo Sacramento de Araujo por comprovadamente ter sido perseguido de forma explícita por membros e gestores do Conselho Deliberativo do Clube, com a utilização da instituição para tal fim. No mesmo contexto um ex-vereador de Salvador, também sócio do Clube foi condenado por acórdão do Tribunal de Justiça da Bahia a 1 ano, 4 meses e 20 dias de detenção sem direito a recurso por ser reincidente. As sentenças cíveis condenaram o Clube a pagar indenizações que chegam ao montante de R$285.000,00 que terão que ser corrigidos desde 2019. Ainda restam duas ações cíveis em curso e mais cinco Conselheiros denunciados criminalmente respondendo a uma Notícia Crime no Ministério Público da Bahia.
Conheça o caso
Logo após a sua Comodoria ( 2015/2019 ), na qual o Clube conquistou vinte e três títulos de campeão brasileiro de Vela em inúmeras modalidades do esporte, ter conquistado o título de Clube Esportivo do ano no Brasil em 2017, e o prêmio de Presidente de Clube do Ano no País em 2018, ambos os prêmios concedidos pela Confederação Nacional de Clubes, o ex -Comodoro Marcelo Sacramento sofreu por parte de um grupo de Conselheiros do Yacht Clube da Bahia, uma forte perseguição, com cunho discriminatório, que tinham o objetivo de macular sua imagem e expulsa-lo do Clube a qualquer custo, tentando destruir sua liderança conquistada dentro da agremiação Náutica. Tais perseguições promovidas utilizando métodos reprováveis à uma conduta espirrava e social que se prega no estatuto do Clube desde a sua fundação. Diante de tamanha perseguição
o ex comodoro se viu obrigado a buscar na justiça as garantias dos seus direitos, tanto de associado, quanto de Conselheiro Nato, além de cidadão de bem, buscando proteger a si e sua família.
O ex comodoro Marcelo Sacramento de Araujo que logo após sua saída da Comodoria foi eleito Diretor Nordeste da Confederação Nacional de Clubes, cargo que ocupa até hoje, afirma: “com muita humildade e com a intermediação da Confederação Nacional, busquei por três vezes fazer um acordo com o Conselho do Clube para tentar acabar a perseguição, não queria levar esse litígio à frente, nunca busquei conflito algum, fui duramente atacado e perseguido, até discriminado por essas pessoas, sem motivos concretos, gastaram muito dinheiro do clube em auditorias na tentativa de encontrar erros que me comprometessem, absolutamente nada encontraram, pressionaram funcionários para produzirem provas contra minha pessoa, ameaçando-lhes até o emprego, não conseguiram, o que me parecia ser algo inacreditável, mas as provas estão nos autos dos processos”.
Ele observa que “Mesmo com uma decisão em Tutela Antecipada da Justiça a meu favor, que foi garantida até no STF, este grupo não teve a capacidade de aceitar um acordo para acabar o litígio, preferindo expor o Clube a este vexame. Nunca pensaram em preservar a imagem do Clube, muito menos os recursos dos seus sócios, agora, seis anos depois, foi feita a justiça, que pode até demorar mas não falha. Espero que esta fase reprovável e triste dos 90 anos da história de vida do Yacht Clube da Bahia tenha sido superada e a lição aprendida”.
Afirmou ainda “já perdoei essas pessoas que me perseguiram, discriminaram e tentaram me destruir, rezei por elas, pedindo ao Senhor do Bonfim que os ilumine em suas práticas na vida. Foi um momento duro, mas muito importante para mim, vivi na prática a confirmação dos ensinamentos de Deus, que a verdade jamais perderá para a mentira, o certo nunca perderá para o errado e o Bem sempre vencerá o Mal. Sigo na minha vida sempre tranquilo, sempre em frente com muita Fé, a Fé de quem não foge a luta, de quem tem foco, de quem é forte…”.
Foto: Site do clube/Divulgação

