Fraude no Banco Master é de R$ 12 bilhões. Dono foi preso

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Em uma operação que investiga uma fraude financeira de aproximadamente R$ 12 bilhões, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (18) Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelou em depoimento à CPI do Crime Organizado do Senado que, durante as buscas, foram apreendidos R$ 1,6 milhão em dinheiro vivo na casa de um dos investigados.

A prisão de Vorcaro ocorreu no Aeroporto de Guarulhos (SP), onde ele tentava embarcar em um voo internacional. A operação, batizada de “Compliance Zero”, foi deflagrada na madrugada desta terça e investiga a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras.

Alvos e Investigações

Além de Vorcaro, a PF cumpre outros cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal. Entre os presos está Augusto Lima, sócio de Vorcaro.

A investigação, iniciada em 2024 a pedido do Ministério Público Federal, apura a fabricação de carteiras de crédito falsas por uma instituição financeira. Segundo a PF, esses títulos foram vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem a devida avaliação técnica.

A prisão do banqueiro ocorre um dia após a Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master.

Foco no Combate Financeiro ao Crime

Em seu depoimento, Andrei Rodrigues destacou a integração da PF com o Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para combater crimes contra o sistema financeiro. O diretor-geral defendeu que o enfrentamento ao crime organizado deve priorizar a descapitalização.

“O crime organizado tem que ser enfrentado com descapitalização, tirando poder econômico, e prendendo lideranças, retirando lideranças de circulação”, declarou Rodrigues.

A oitiva na CPI também estava marcada para Leandro Almada, diretor de Inteligência da PF, que não compareceu. O presidente da comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou que o colegiado insistirá em ouvi-lo.