Com paralisação de rodoviários, Salvador fica sem ônibus durante todo dia

Os ônibus urbanos não estão circulando neste domingo (7) em Salvador por conta de uma paralisação do Sindicato dos Rodoviários. Eles protestam em meio a uma negociação para aumento de salário e segundo o presidente, Hélio Ferreira, os ônibus ficarão o dia todo sem ir às ruas.

Com isso, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) montou um esquema com veículos do transporte complementar, os populares ‘amarelinhos’. 215 deles estão rodando em uma operação de emergência hoje. O plano foi definido levando em consideração a possibilidade de integração com o metrô.

Os veículos sairão das estações com destino às regiões onde já há atendimento. Entre os corredores atendidos estão as avenidas Octavio Mangabeira (Orla), Luís Viana (Paralela), Antônio Carlos Magalhães, Lafayette Coutinho (Contorno), Afrânio Peixoto (Suburbana), Heitor Dias, ruas Cônego Pereira, Silveira Martins, Via Regional, entre outros. Bases operacionais também serão instaladas no final de linha da Ribeira, para dar atendimento à região da Cidade Baixa, e na Base Naval, para dar atendimento à região da Avenida Suburbana.

Equipes de fiscalização da Semob também estarão acompanhando a movimentação nos principais pontos da cidade e nas estações de transbordo, fazendo os ajustes necessários e orientando os usuários. As linhas regularmente operadas por eles estarão suspensas até que a operação de transporte seja normalizada.

Demandas dos rodoviários
Os rodoviários já tinham atrasado a saída na sexta-feira (5), deixando as garagens somente às 8h, por conta de uma assembleia da categoria. Eles negociam reajuste salarial com os empresários do setor há mais de um mês. Eles pedem aumento com base no percentual da inflação mais 5%; reajuste de 10% no ticket alimentação; compensação de horas extras e permanência de cobradores nos ônibus.

Quanto ao pagamento das rescisões dos ex-funcionários da CSN, o presidente do sindicato, Hélio Ferreira, cobra que o prefeito Bruno Reis se reúna com as empresas e os rodoviários para tentar avançar com o tema.

O representante das concessionárias, Jorge Castro, diz que já houve quatro reuniões entre as partes e cerca de metade das cláusulas já estão acordadas, mas ainda há pontos importantes pendentes, como o ticket alimentação e o próprio reajuste salarial. As empresas alegam que vivem momento econômico ruim e que não é possível atender tudo que pedem os rodoviários.

“A Prefeitura tem acompanhado as negociações, mas não pode interferir nos valores definidos para reajuste salarial, que deve ser acordado entre funcionários e empresa. É preciso ter um pouco de sensibilidade de ambas as partes nestas negociações”, disse o secretário Fabrizzio Muller.
Do Correio24horas