A Bahia é mais e mais forte

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Por André Curvello
A expansão do crime organizado e do tráfico de drogas, bem como a guerra entre as facções que dominam tais atividades, é um problema nacional que angustia o País.

Lamentavelmente, certos setores da imprensa insistem em propagar a visão míope e desapegada da realidade que diz que violência é uma quimera essencialmente baiana. Nada mais falacioso. Vou repetir: trata-se de uma questão grave que deve ser discutida amplamente pelos mais diversos segmentos sociais, inclusive, a imprensa, setor indispensável na vigilância do estado democrático de direito.

Arrisco-me a afirmar que a violência entristece continentes no mundo. Exemplo é o caso da Suécia, historicamente um dos países com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do planeta, que recentemente tem se deparado com altos índices de violência, resultado de incontroláveis confrontos entre gangues. Infelizmente, já são dezenas de mortos vitimados por explosões de bombas e tiroteios.

As causas ainda são obscuras e, diante da dificuldade das polícias locais em reduzir os conflitos, o governo sueco já cogita empregar o exército do país para ajudar na contenção dos ataques.

Rio Grande do Norte, Ceará, Minas Gerais, Amazonas, e outros estados, já estiveram como destaques no cada vez mais crescente noticiário policial.

No Rio de Janeiro e em São Paulo, a disputa entre os grupos criminosos também tem provocado muitas mortes. E em Recife há lamentáveis episódios, até mesmo chacinas, que levam o temor à população da cidade.

Se há espaço para críticas, também há para elogios quando a imprensa cumpre seu papel, fugindo de interesses outros e da superficialidade para explicar à sociedade porque certos fenômenos de fato ocorrem.

Reconhecendo que o problema da segurança pública não é restrito, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, lançou na segunda-feira (2) o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas, que prevê o investimento, até 2026, de R$ 900 milhões em ações visando desmontar as fontes de financiamento das quadrilhas em vários estados brasileiros.

Algumas ações emergenciais anunciadas pelo ministro Flávio Dino são o envio de R$20 milhões extras à Bahia a serem usados para custeio de viaturas, equipamentos de inteligência e armas não letais, e de quase 600 agentes federais ao Rio de Janeiro para ajudar no combate aos criminosos.

Em nosso Estado, com a firmeza necessária, o governador Jerônimo Rodrigues lidera, no seu primeiro ano de gestão, um plano de combate às facções criminosas tendo o apoio do Governo Federal.

Se existe rigor no combate e repressão à violência, existe também sensibilidade necessária para aprimorar e ampliar ações esportivas, culturais e sociais-educativas no sentido de abrir novos horizontes que despertem o interesse da juventude, alvo dos criminosos que traficam drogas.

Ações do Governo mostram que a Bahia não é apenas guerra de facções, como setores da mídia querem nos fazer acreditar. A Bahia é um estado em transformação, cujo governo acredita em ações sustentáveis e duradouras contra a violência, que valorizam em primeiro lugar o ser humano.

Por exemplo, na educação, de janeiro a setembro de 2023, foram entregues 28 novas escolas de tempo integral. Além disso, 22 unidades escolares foram ampliadas ou modernizadas. Isso demonstra um compromisso com a qualidade da educação e a infraestrutura escolar.

Na área cultural, o Governo da Bahia promove a inclusão e a diversidade através de editais que impulsionam a cultura baiana. O lançamento da Lei Paulo Gustavo garantiu investimentos em dois mil projetos culturais em todos os 27 territórios de identidade do estado, com cerca de R$150 milhões destinados a fazedores e fazedoras de cultura. Esse investimento não apenas enriquece a herança cultural da Bahia, mas também contribui para o fortalecimento e a recuperação econômica do setor, harmoniza as relações humanas e ajuda a cultivar a paz.

Na saúde, a descentralização tem permitido levar serviços de qualidade a todas as regiões da Bahia. Nos últimos 16 anos, foram construídos 22 novos hospitais e maternidades, 24 policlínicas regionais, cinco unidades de alta complexidade em oncologia e seis serviços de hemodinâmica no interior. Em 2023, foram inaugurados dois novos hospitais e maternidades, estadualizado o Hospital de Jacobina e estabelecido o 1º Centro de Referência às Pessoas com Doença Falciforme do Brasil em Salvador.

Isso é só uma parte do que o Governo está fazendo. Isso é cuidar de gente. Isso também é investir em segurança pública.
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Jornalista