A MORTE DE UM AUGUSTUS

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Por Henrique Ribeiro

O deputado Francisco Augusto, filho do meio de uma família tradicional da Bahia, honesto e sempre preocupado com o bem estar social, defendeu em todas legislaturas o homem pobre.
No final da vida ainda em atividade, se encontra com uma doença pulmonar grave devido o fatal encontro com o Pneumocisti Karinis.
Por recomendação médica foi aconselhado a fazer seu tratamento e repousar na Fazenda Ponto Novo em Cândido Sales.
A família foi a favor, muito embora a esposa Euroteia e filha Esterlina não darem a maior importância.
O filho Heitor foi o único a sentir solidário ao querido pai.
A esposa chegou até pensar que a morte dele seria solução, mas se diz arrependida, por que sabe que com a morte do esposo pode perder todos seus privilégios.
A filha está preocupada com em casar com o filho de Amancio, um rico amigo do seu pai.
O seu melhor amigo, Kalabah é o seu suplente na câmara e aguarda com ansiedade a morte dele para ocupar o seu cargo.
O mordomo Genésio é um fiel escudeiro e solidário ao velho patrão.
O Grande F. Augustus passa a refletir sobre o que a foi sua vida e o que será a morte.
Concorda com o provérbio:
“A Morte é o Cheque Mate da Vida.”
Em momento depressivo passa a duvidar que sua vida tenha sido tão correta como achava antes.
Acredita que a morte não possa ser o seu fim tão indigno .
Duvida da existência de Deus no seu desespero.
Em determinado momento filosófico pensa em voz alta:
A morte só foi um bom negócio para Lázaro que ressuscitou e um péssimo negócio para Sísifo que tentou enganà-la.
O homem morreu deixando seu legado de um Augustus justo e generoso.
No véspera da morte, se converte,aceita seu estágio de vida,pede perdão a Deus e agradece ao filho e ao seu fiel mordomo, seus solidários e verdadeiros amigos.
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Poeta e cardiologista