Em meio ao início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus apoiadores intensificaram a mobilização política e digital em defesa da soltura do ex-mandatário. Nas redes sociais, grupos bolsonaristas organizam campanhas, lives e manifestações. Uma página no Instagram — que se apresenta como base de fãs do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — chegou a sugerir a deflagração de uma nova greve de caminhoneiros.
O perfil, que soma mais de 600 mil seguidores, reúne entre seus apoiadores nomes como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o vereador paulistano Lucas Pavanato (PL-SP), o senador Ciro Nogueira (PP) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo.
A tática não é inédita. Em 2022, logo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), grupos de caminhoneiros alinhados ao bolsonarismo bloquearam rodovias em mais de 20 estados para contestar o resultado das urnas. À época, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para obter liminares e restabelecer a circulação nas estradas.
Paralelamente às manifestações digitais e presenciais, cresce a pressão política no Congresso para que avance o Projeto de Lei da Anistia, que pretende perdoar condenados pelos atos golpistas ocorridos após as eleições de 2022.
Na tarde de terça-feira (25/11), o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o início da execução da pena de Bolsonaro. O ex-presidente começou a cumprir a condenação na Superintendência da Polícia Federal, onde já estava detido preventivamente desde o sábado (22/11).
Bolsonaro foi condenado por chefiar uma organização criminosa que, segundo a Suprema Corte, atuou para tentar mantê-lo no poder após sua derrota nas eleições de 2022.
Foto: Ag. Brasil
