As Vicissitudes da Vida…

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Por Cláudia Menezes

Ao longo dos dias uma sucessão de eventos e ventos (da simples brisa a um tufão) se descortinam numa velocidade impressionante, às vezes a ventania nos derruba. Como reagimos as intempéries não muda o evento ocorrido, mas pode modificar o transcorrer do dia, das relações (profissionais, interpessoais, comerciais), do passeio, do jantar/almoço, da reunião (amigos, colegas), da viagem…

Ficar aborrecido, chateado ou até mesmo “Fulo” da vida quando somos atravessados por complicações, atrasos, perdas…e na sequência o que fazer, manter a irritação? É um caminho possível e bem provável, o que se ganha? O que se perde? Sempre é bom (quando viável) tomarmos uma distância e reavaliarmos. Sendo viável rir de si mesmo, da vicissitude, do desacerto, ria e siga…. Impossível rir, sigamos…  Cabe chorar? chore e siga… Siga com galhardia e humor… fara bem? Presumivelmente…não se sabe, mas perde se tempo e energia moendo e remoendo o que já não temos governabilidade, o que já aconteceu, o que não tem retorno.

Não vamos deslegitimar dores, aborrecimentos, decepções, magoas ou perdas. Existem e são reais.

O convite é ressignificarmos para não acumular mais perdas, mais dores e aborrecimentos (caso seja factível). Seguir e tentar dentro do que for, “e se for”, exequível em face do acontecido não ficar retido nesse ciclo de ira, rancor e desgosto que se retroalimenta e impede de desfrutar do bom que pode advir na sequência.
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Médica Sanitarista e psicanalista