Novo ataque de Israel no Líbano deixa quase 500 mortos e mais de 1.600 feridos

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Agora à noite o Ministério da Saúde do Líbano informou que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas depois de um amplo e intensivo ataque aéreo perpetrado por Israel. Antes do ataque Israel havia alertado os civis para que se afastassem “imediatamente” de locais identificados como possíveis posições e depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.

Entre as vítimas fatais, há 35 crianças, 42 mulheres e diversos profissionais da saúde, de acordo com as autoridades. O número de mortos e feridos continua sendo atualizado ao longo do dia pelo Ministério da Saúde libanês e pode aumentar. Os bombardeios israelenses causaram pânico, levando a uma fuga em massa do país.

Pela manhã as autoridades libanesas haviam fito que nesta segunda-feira (23) eram quase 200 pessoas morreram e mais de 700 feridos após um ataque aéreo “extensivo” de Israel ao país. Com o passar do dia e novos ataques o número de vítimas foi aumentando e ainda existe a possibilidade deste número ser acrescido.

Mais de 300 alvos do Hezbollah foram atingidos. O bombardeio de hoje foi o mais amplo, em termos territoriais, desde o início dos confrontos, que completam quase um ano, e o mais letal no Líbano desde a nova escalada do conflito, iniciado em outubro de 2023.

Esse foi o primeiro alerta desse tipo em quase um ano de escalada contínua entre Israel e Hezbollah. O aviso foi emitido após um intenso confronto no domingo (22), quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones contra o norte de Israel, em retaliação a um bombardeio israelense que matou aproximadamente dez comandantes do grupo, incluindo um membro do alto escalão.

O governo libanês garante que as vítimas do ataque israelense incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.

A aviação israelense atacou cidades ao longo da fronteira sul do Líbano e no Vale do Bekaa, cerca de 30 km a leste de Beirute. Na capital, Beirute, relatos indicam tráfego intenso de pessoas deixando a cidade em busca de segurança.

Um porta-voz das FDI afirmou que residências no Vale do Bekaa estavam sendo usadas para armazenar mísseis e drones, justificando os ataques como uma tentativa de neutralizar essas armas antes de serem lançadas.

O Hezbollah declarou ter retaliado, disparando “dezenas” de mísseis contra Israel. As FDI confirmaram 35 lançamentos, dos quais alguns atingiram território israelense.

No domingo, foguetes disparados pelo Hezbollah atingiram a cidade de Haifa, no norte de Israel. O grupo afirmou que o alvo eram complexos industriais militares da Rafael, empresa israelense de desenvolvimento de tecnologia militar, mas as FDI disseram que os foguetes foram lançados contra áreas civis.

Em resposta, Israel bombardeou alvos do Hezbollah no sul do Líbano.
Obs: matéria atualizada às 19h