Israel matou Mohammad Afif, chefe de relações com a mídia do Hezbollah, durante um bombardeio em Beirute, capital do Líbano, neste domingo (17), informaram agências de notícias.

O ataque atingiu o bairro de Ras al-Nabaa, uma área densamente povoada no centro de Beirute, que tem servido de refúgio para pessoas deslocadas dos subúrbios do sul da cidade. Estes subúrbios têm sido alvos frequentes de ataques israelenses desde o início do conflito com o Hezbollah em setembro.

O Ministério da Saúde libanês relatou que o bombardeio deixou um morto e três feridos. Ambulâncias foram enviadas ao local, enquanto tiros eram disparados para afastar multidões.

Nem Israel nem o Hezbollah confirmaram oficialmente a morte de Afif até a última atualização. No entanto, uma autoridade do Hezbollah, que não foi identificada por não estar autorizada a falar publicamente, confirmou o ocorrido à agência Associated Press. Contatado pela Reuters, o Exército israelense se recusou a comentar.

Histórico de Afif e contexto do conflito
Mohammad Afif ganhou notoriedade em outubro, após um ataque israelense que deixou 22 mortos e mais de 100 feridos em Beirute. Na ocasião, ele apareceu publicamente em meio aos escombros, fazendo ameaças a Israel e afirmando que a “prioridade absoluta” do Hezbollah era “derrotar o inimigo e forçá-lo a cessar sua agressão”.

Fontes de segurança informaram que o ataque deste domingo também atingiu um prédio que abrigava escritórios do partido Ba’ath. Ali Hijazi, chefe do partido, confirmou à emissora libanesa Al-Jadeed que Afif estava no edifício no momento do bombardeio. A emissora transmitiu imagens do prédio destruído, onde equipes de resgate da Defesa Civil trabalhavam para localizar sobreviventes.