Por Zédejesusbarreto
Bahia e Vitória jogam no domingo, pela Série A e, em campo, nos duelos contra Botafogo e São Paulo vão dizer o que querem e até onde podem chegar nesse Brasileirão 2024. Os representantes baianos, rivais históricos, vivem momentos distintos, como mostra a classificação. O Tricolor brigando no alto da tabela e o Rubro-negro lutando para se desgarrar da zona de baixo, da desclassificação.
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Bota, de novo
– Domingo à tarde, certamente de casa cheia, o Bahia recebe o Botafogo/RJ, líder da competição, em alta, classificado para as quartas de final da Libertadores, uma equipe sólida, que sobra fisicamente em campo, competitiva, objetiva, e que sabe como vencer seus jogos, mesmo que nem sempre encha os olhos. Osso duro. Vem com a faca nos dentes, mesmo com alguns desfalques, porque foi o Bahia que o tirou da Copa do Brasil, na bola, em partidas duras, no Rio e na Fonte.
Caso vença mais uma vez o time carioca, o Bahia se põe de vez na prateleira de cima da competição, com confiança e cacife para disputar espaço, até o final, entre os quatro primeiros ou papar uma vaga na Libertadores da América no ano que vem. Esse é o objetivo e a partida contra o forte Botafogo vai dizer até onde o Tricolor de Rogério Ceni pode chegar, qual é o seu lugar nessa difícil competição.
Dois estilos. O Bahia evolui e trama em passes curtos, bola no chão. O Botafogo marca forte o campo inteiro, todo tempo, e é agudo em estocadas pelos lados, passes longos e finalizações. É o time do momento. O Tricolor depende muito da inspiração de Everton Ribeiro e da aplicação tática, coletiva.
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O desafio do Leão
O Vitória, campeão da Série B ano passado, ainda não se aprumou na Série A. Começou tropicando, trocou de treinador, de estilo de jogo e contratou um caminhão de atletas que ainda estão se conhecendo, se ajustando. O treinador Carpini está ‘trocando pneu com o carro andando’. O elenco tem sofrido com problemas de lesões e de entrosamento, sobretudo no meio de campo, o setor de equilíbrio e criação da equipe. Depende muito do goleiro Lucas Arcanjo, do zagueiro Wagner Leonardo e do meia Mateuzinho.
O Leão, na boca da noite de domingo, encara o São Paulo, no Morumbi. O time paulista vem numa crescente depois que trocou de treinador, tem vencido seus jogos em casa e classificou-se para as quartas de final da Libertadores. Tem uma boa zaga e dois jogadores perigosos na frente, o malandro Luciano e o artilheiro argentino Calleri. Caso vença, o Leão baiano mostra suas garras e pode se descolar do Z-4, virar a página, arrancar enfim para superar o pífio desempenho até aqui. É um confronto que norteia o que quer e o que pode o Leão nessa Série A.
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Time estranja ou mercenário?
Depois do desempenho medíocre na Copa América, a Seleção Brasileira volta a campo, já visando a Copa do Mundo 2026, que acontece na América do Norte. O treinador Dorival Jr convocou pela primeira vez os atletas para dois jogos da chamada Eliminatórias (ou seria classificatória?) da Copa, competição na qual a Seleção ocupa agora o desclassificante 6º lugar, com 7 pontos ganhos. São duas partidas: contra o Chile, dia 6 próximo, no Couto Pereira (Curitiba) e, quatro dias depois, contra o Paraguai, em Assunção.
É vencer ou vencer. Mas o torcedor brasileiro anda cabreiro com a tal ‘amarelinha’. O treinador insiste numa equipe basicamente estrangeira, europeia, com alguns jogadores já mais que testados e superados, outros que parecem ‘escolhas por encomenda’ de empresários ligados aos interesses da mafiosa CBF, atletas sem maiores identidades com o Brasil, com a histórica camisa, mais preocupados em aparecer, se por no balaio milionário do mercado futebolístico internacional. Estão mais pra ‘celebridades’ de ‘nets’ que verdadeiramente jogadores de bola. Mas… é o que temos, é a realidade do momento.
Eis a lista com pequenos comentários:
– Goleiros: Éderson (o que vive melhor momento, no City), o manjado e já desgastado Álison (duas copas do mundo fracassadas, mais Copa América…chega!) e Bento.
– Zagueiros: Marquinhos (quem aguenta isso?), o jovem Beraldo, Militão e Gabriel Magalhães. Temos zagueiros melhores em ação, mesmo na Europa, tipo Bremmer.
– Laterais: Danilo (insiste em Danilo como lateral, posição em que há muito não joga, não tem mobilidade); Yan Couto (que até aqui nada mostrou); Arana (um fracasso na Copa América) e um tal Wendell. Nosso melhor lateral é Airton Lucas, do Flamengo, disparado.
– Meio-campistas: André (já esteve melhor no Flu); o brucutu J. Gomes, Bruno Guimarães, Paquetá (quem ainda suporta esse moço?) e Gérson – o marrento meia do Flamengo, uma boa novidade pelo que vem jogando.
– Atacantes: os manjados Vini Jr (só mostra jogo no Real), Rodrygo, Savinho (?), o menino Endrick (que nem vem jogando no Real); Pedro, nosso melhor centroavante, de volta; e as novidades, ambos jogam no mesmo espaço: o veloz Luiz Henrique, do Botafogo, em forma, e o garoto Estevão, do Palmeiras, habilidoso.
Resta esperar o ‘arrumadinho’ que Dorival vai por em campo. Temos uma seleção brasileira?
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Quartas de Libertadores
Das oito equipes classificadas para essa fase eliminatória e decisiva cinco são brasileiras – Flamengo, Botafogo, Fluminense, São Paulo e Atlético Mineiro. Completam o grupo o River Plate (Argentina), o Penarol (Uguguai) e o Colo-Colo(Chile)
Os confrontos definidos: Fluminense x Atlético; Botafogo x São Paulo; Colo x River; Flamengo x Peñarol.
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Os confrontos das quartas da Sul-Americana:
– Corínthians x Fortaleza; Athlético PR x Racing; Libertad x Cruzeiro;
Lanus x Independiente de Medellin.
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Quartas de final/Copa do Brasil
Confrontos também definidos, os jogos de ida acontecem no dia 28 próximo:
– Bahia x Flamengo; Vasco x Athlético PR; São Paulo x Atlético Mineiro;
Juventude x Corínthians.
Os jogos de volta, decisivos, acontecem no dia 12 de setembro.
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Haja perna, haja fôlego, haja bola!
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Foto: EC Vitória