Bahia atropela o Cruzeiro e está de volta no G-4

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Por Zédejesusbarreto
Um triunfo incontestável, de goleada (4 x 1), com três gols no segundo tempo, após as mexidas de Ceni, daqueles que lavam a alma: o Bahia mantém a invencibilidade na Fonte Nova (18 jogos sem perder), vai a 21 pontos ganhos e volta à vice liderança da Série A, atrás apenas do Flamengo 9com 24 pontos). Uma campanha diferenciada, sob o comando de Rogério Ceni. Um primeiro tempo onde o Tricolor teve a bola mas chutou pouco e uma segunda etapa exemplar, na batuta do maestro Everton Ribeiro.  

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Na Fonte Nova

– Tarde morna em começo de inverno, véspera e festejos pra São João, meia banda de cidade pelo interior, arquibancadas com bom público, embora abaixo do costumeiro, piso nos trinques.

– O Bahia, novamente diante do seu devotado torcedor, lutando por manter a  invencibilidade na Fonte e pela volta do time ao G-4 (depois da sofrida derrota no Maracanã para o Flamengo- 2 x 1), com 18 pontos, em 5ºlugar; o Cruzeiro, a Raposa de Minas, na cola, com 17pontos, em 7º lugar. Briga de cachorro grande.

 – O Tricolor com sua beca tricolorida, modelo em listras em diagonal; o Cruzeiro inteiro de branco.

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Com bola rolando …

– O Bahia, valorizando a posse de bola,  começou trocando passes na defensiva e o Cruzeiro adiantou a marcação, fazendo a pressão alta, dificultando a saída defensiva do tricolor. A Raposa na moita, marcando, espiando… suportando o cerco, sem dar espaços para penetrações e finalizações.  Daí…

 – Gol! 1 x 0 Cruzeiro, Verón, recebe nas costas da zaga, trombou com Gabriel Xavier e arrastou, entrou de cara e marcou, abriu o placar. Aos 13 mim.  O VAR levou mais de 5 minutos para confirmar o lance, se impedimento (que não existiu) ou falta. Validou o gol. Defesa desarrumada no contragolpe e Gabriel Xavier deu mole.  

 – Se a Raposa já estava atrás, de casinha fechada, imaginem depois do gol feito. O tinha a bola, até chegava mas não definia. A Raposa viu que podia mais e saiu pro jogo, equilibrou as ações, pôs correria, já chegando com perigo. Um Bahia lento, sentiu o impacto do gol sofrido, meio apático, sem imaginação. Até 30 minutos nenhuma finalização no arco cruzeirense, só assédio. Só aos 34’ saiu o primeiro chute do Tricolor, Jean Lucas, de longe, buscando o ângulo, para uma defesaça de Anderson, espalmando a escanteio.

 – O Bahia inteiro a trocar passes no campo mineiro, o Cruzeiro todo atrás, o tempo passando, a torcida inquieta. Oito minutos de acréscimos. A Raposa já gastando tempo, travando. Aquela pressão final do Tricolor e … nada; foi o Cruzeiro que quase ampliou num contragolpe, a defesa baiana toda desarrumada.  

  – Gol! 1 x 1 Bahia, Thaciano, de cabeça, aproveitando na pequena área um cruzamento pelo alto, da direita, empatando. Ufa!  Justo, pelo volume de jogo tricolor.

    O Bahia teve mais a bola, volume de jogo, pressionou mas pouco chutou. Levou um gol bobo, num dos raros contragolpes da Raposa, e assediou. Ainda bem que conseguiu o empate no finalzinho e poderia voltar inteiro para uma segunda etapa diferente, mais efetiva. Partida difícil, imprevisível. Uma raposa traiçoeira.

   Segundo tempo – Ceni mexeu, lançou Biel e Éverton Ribeiro, saíram Cauly  e De Pena, apagadões. Um Cruzeiro mais solto, previsão de uma etapa mais aberta, franca. O Tricolor tomando as iniciativas. Aos 9’, uma bomba de Everaldo, da entrada da área, explodiu no poste de Anderson.  O treinador mineiro, sentindo o assédio Tricolor, troca dois (Viana e Arthur, sangue novo em campo). Mais travado, pegado que na primeira etapa.

 – Olhe o VAR! Aos 25 min, depois de uma entrada por cima, no meio da canela de Gilberto, o lateral Marlon foi expulso. Ceni pôs Estupinam no lugar de Thaciano, o autor do gol, que jogava bem. Dois avantes de área no Bahia, em busca do triunfo. Mais Ademir no lugar de Gilberto, um atacante no lugar do lateral.

 – Gol! 2 x 1 Bahia, Estupinam! Aos 33 min, escorando na pequena área um passe de cabeça de Biel, após cruzamento da direita de Ademir.       

 – Cicinho no lugar de Everaldo, aos 34 minutos. Aos 36’, Ademir recebeu livrfe, de cara, mas chutou fraco nas mãos do goleiro. Aos 37’, novamente Ademir, livre-, ajeitou para a canhota e tentou colocar pelo alto, mas errou o alvo. O árbitro acrescentou 7 minutos ao tempo normal.

– Gol! 3 x 1 Biel! Aos 47min. Biel recebeu de Juba, levou a marcação, encarou o goleiro e definiu. Golaço!

– Gol! 4 x 1 Estupinam aos 48’. Everton Ribeiro para Ademir, arrancada pela direita e cruzamento no chão para o colombiano escorar, tornar o triunfo uma goleada.

Destaques

-Everton Ribeiro entrou e mudou tudo, diferenciado. Juba, Caio Alexandre, Jean Lucas, Thaciano e Biel.  Ceni fez tudo certo.

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Ficha Técnica

– Bahia: Marcos Felipe, Gilberto, Gabriel Xavier, Kanu e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Carlos De Pena e Cauly; Thaciano e Everaldo. Técnico: Rogério Ceni.

– Cruzeiro: Anderson; William, Zé Ivaldo, João Marcelo e Marlon (expulso); Lucas Silva, L Romero e Ramiro; Matheus Pereira, Gabriel Veron e Robert. Técnico: Fernando Seabra. (Arthur, A.Viana, Vilalba, Japa e Vitinho)

– Árbitro: Paulo Belence Alves dos Prazeres Filho (PE)

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– Pela 12ª rodada, dia 26, quarta-feira, às 21h30, Vasco x Bahia, em São Januário/RJ.

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Copa América

– Dia 24, segunda-feira, dia de São João, Brasil x Costa Rica, em Los Angeles/Califórnia, às 22h.

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Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro