Bahia bate o Santos nos pênaltis e avança para as quartas de final

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Por Zédejesusbarreto
O Bahia superou a falta de um futebol bonito em campo com muita vontade, raça, aplicação tática e venceu o Santos na Fonte Nova na cobrança de penalidades, após o empate de 1 x 1 numa partida em que foi superior, criou mais, abriu o placar, tinha as ações sob controle mas levou o empate já no finalzinho dos acréscimos – o manjado gol de cabeça no abafa final, o vacilo na marcação. Era injusto aquele empate por conta do domínio exercido pelo Tricolor, suportando bem atrás e criando chances de matar o jogo na frente. O torcedor merecia mais.

 Ainda bem que fomos felizes e competentes na cobrança das penalidades (treinamentos) e o goleiro Marcos Felipe se consagrou perante a torcida, ganha credibilidade e confiança, catou dois pênaltis. E garantiu assim o Bahia nas quartas de final da Copa do Brasil, o Tricolor  está no grupo dos oito melhores times da competição, o que não é pouca coisa – em termos de grana, de confiança, de estima para jogadores, comissão técnica e, sobretudo, torcida. A equipe, em nova fase, vai encorpando, ganhando casca, experiência, na crescente. Que volte a sorte, a estrela!   

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 Fonte Nova

– Última noite de maio, fim do mês de Maria, temperatura amena (27º), sem chuvas, lua enchente bonita, arquibancadas com público abaixo do esperado, até pelo horário e o desencanto de parte da galera com a campanha do time no Brasileirão – 35 mil presentes, e um relvado em boas condições.

– O primeiro confronto, na Vila Belmiro, deu empate sem gols. As duas equipes em busca do triunfo, pois, precisando fazer gols; novo empate e a decisão iria para a cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Ataques velozes, principalmente o do jovem time santista.  

– Uniformes: o Tricolor com camisetas brancas (listras finas horizontais no peito em vermelho e azul); o Santos de uniforme estranho, todo escuro, detalhes em branco.   

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Com bola rolando …

– A despeito de as duas equipes se conhecerem bem por conta de dois duelos recentes na Vila Belmiro, a partida começou cautelosa, estudada, com muita marcação. Aos 11’, primeira tentativa numa arrancada de Jacaré pela direita; Everaldo girou da meia lua e bateu fraco nas mãos do goleiro.

– Gol anulado! Aos 13’, após lançamento longo de Cauly, Biel recebeu nas costas da zaga e finalizou bem, na saída do goleiro; o torcedor comemorou mas a arbitragem invalidou o gol porque Biel estava adiantado, impedido no momento do lançamento.

 E o baba foi rolando, sem ousadias, uma briga feira pela bola nas intermediárias, chutões … daí, aos 40’, Cauly levantou da direita, bola parada, e Kanu subiu bem do lado oposto, nas imediações da pequena área, testando pra baixo, no canto, para uma defesaça do goleiro João Paulo, arrojando-se, espalmando a escanteio e batendo com a cabeça na trave.

 Foi o lance mais perigoso da primeira etapa, sem brilho, pau a pau e tecnicamente fraca. O Bahia chegou, ameaçou mais.                                            

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  Segundo tempo – Jacaré de fora, com fisgada na coxa, Cicinho no lugar. Um recomeço mais aberto, o Tricolor forçando, o Peixe respondendo com pontadas pelos lados, as defensivas prevalecendo. Muita vontade, pouca criação.  Aos 13’, Biel ensaiou uma arrancada pela direita e sentiu fisgada no músculo  posterior da coxa, tal como Jacaré -estourados com a sequência de jogos. Ademir em campo.

  – Aos 17’, Cauly invadiu pela esquerda e tentou, o chute saiu fraco, nas mãos do goleiro. Aos 19’, Mendoza arriscou de longe, por cima. Com o passar do tempo, a exaustão, a marcação afrouxa e vão surgindo mais espaços para arrancadas individuais e contragolpes. Aos 20’, Everaldo matou na ‘caixa’, na meia lua, girou e bateu com elegância… o goleiro João Paulo só espiou, a bola passou rente. Belo lance.

  – Gol! 1 x 0 Bahia! Cauly, aos 25 minutos. Depois de uma defesa milagrosa de João Paulo, em cabeçada a queima-roupa de Ademir mezenga camacho nathan, Cauly pegou o rebote na meia lua e finalizou bem, de canhota, abrindo o placar.

  – Ao Peixe cabia, então, ir inteiro ao ataque, na força, na pressão. O tricolor não recuou, também não tinha pressa.  No Santos, Mezenga, Nathan, Camacho, e Patati por volta dos 35’, a busca daquela pressão final. O tricolor segurando bem, controlando, sem dar espaços. Aos 42’, Ademir arrancou da defesa em alta velocidade e foi travado no chute, já na área inimiga.

  Renato Paiva pôs Diego Rosa e Mugni em campo, era preciso manter a pegada até o final. E saber suportar o assédio final…

 – Gol! 1 x 1 Santos, aos 50 minutos, nos acréscimos. Mezenga subiu muito e escorou  de cabeça um escanteio da esquerda, com o time santista inteiro na área baiana. Vitor Hugo, já sem pernas, não chegou no atacante que estava inteiro, tinha acabado de entrar.

 Isso quando o jogo parecia sob controle, a torcida já comemorava o triunfo.

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  E a decisão foi mesmo para os tiros na marca do pênalti. Haja coração!  

  Deu Bahia, 4 x 3. Marcos Felipe, o goleiro tricolor, pegou duas cobranças, as de Camacho e Mezenga. Consagrou-se perante o torcedor. Para o Bahia marcaram Cauly, Mugni, Victor Hugo e Acevedo. Ademir perdeu, o goleiro J Paulo catou o dele.

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Destaques

– O goleiro, óbvio, pelos dois pênaltis defendidos. Kanu, Ryan, Cicinho entrou bem; Rezende, Cauly, Acevedo, Ademir…  Mas sobretudo a luta, a entrega, a aplicação.

 A boa estratégia do treinador Renato Paiva; o Bahia foi superior em campo, soube neutralizar o Santos e poderia ter vencido com mais gols nos 90 minutos regulamentares.

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Ficha técnica

– O Bahia escalado pelo ‘mister’ Renato Paiva: Marcos Felipe, Kanu, David Duarte e Victor Hugo; Jacaré (Cicinho), Rezende, Acevedo, Cauly e Ryan; Biel (Ademir) e Everaldo.

– O Santos do técnico Odair Hellmann: João Paulo, Gabriel, Messias, Joaquim e Lucas Pires; Rodrigo, Dodi e Lucas Lima; Soteldo, Deivid e Mendoza.

Arbitragem carioca, com VAR; No apito, Bruno Arleu de Araújo (sem grandes problemas).

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  O Bahia volta a campo no sábado à tarde, pelo Brasileirão Série A, 9ª rodada. Encara o Fortaleza, na capital cearense.

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   Outros jogos decisivos das oitavas de final da Copa do Brasil:

 – Fortaleza 1 x 0 Palmeiras – Palmeiras classificado, venceu em SP, 3 x 0.

 – Cruzeiro 0 x 1 Grêmio (no finalzinho); Botafogo x AthléticoPR;

    Corínthians x AtléticoMG; Internacional x América MG;

 – Na quinta-feira:  Flamengo x Fluminense; São Paulo x Sport Recife.

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 Pela Série B, o Vitória defende a liderança no Barradão, sexta-feira à noite, contra o Ituano/SP.
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia