Bahia domina e vence o Criciúma com um placar magro

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Por Zédejesusbarreto
Mais um triunfo, é pra comemorar, mas foi um placar miúdo (1 x 0) diante da superioridade em campo do Tricolor baiano, merecia mais. O time de Ceni teve mais posse de bola, atuou praticamente na frente da área inimiga, bom volume de jogo, criou chances de ampliar o placar e pouco sofreu atrás – Marcos Felipe com pouco trabalho. Mas a decisão de uma vaga na fase seguinte dessa competição – a Copa do Brasil – acontece em dois confrontos, é um jogo de 180 minutos; o Bahia saiu na frente, mas a definição será em Santa Catarina com mando de campo do Criciúma; por isso ficou aquele gostinho de ‘quero mais’, poderíamos ter feito uma vantagem maior. Lá no Sul vai ser uma guerra, não vai ser fácil.   

  O primeiro tempo, a despeito do maior volume de jogo do Bahia, foi mais equilibrado. Na segunda etapa o Bahia foi absoluto, não recuou, não cedeu espaços, atacou sempre, teve o controle das ações até o final; e desperdiçou algumas ótimas chances de fazer um placar maior. De todo modo, a Bahia manteve sua invencibilidade na Fonte Nova (13 jogos sem perder em casa), quebrou a guia do invicto Criciúma, e mostrou um futebol encorpado, a equipe vem amadurecendo, com um padrão de jogo definido.    

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Na Fonte Nova

– Noite limpa de terça, véspera do feriado de 1º de maio, lua gorda, cerca de 30 mil torcedores nas arquibancadas, o Bahia invicto na sua Fonte Nova há 13 jogos; o Criciúma, campeão catarinense, também numa série invicta, bons resultados fora de casa, vindo de uma goleada (4 x 0) aplicada no Vasco da Gama em pleno São Januário. O campeão de Santa Catarina já conquistou uma Copa do Brasil, em 1991.

– O Bahia com seu uniforme tri-colorido; o Criciúma com seu amarelo, preto e branco tradicional.  

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 Com bola rolando …

 – O Bahia, em casa, precisando construir um bom resultado (a definição acontece em dois confrontos) tentando impor ritmo, comandar as ações, acionando bem o lado direito ofensivo; o time sulista sem pressa, encolhido, na moita, marcando em cima, dificultando, buscando quebrar o tesão inicial do Tricolor e, quiçá, surpreender num contragolpe, como gosta. Um time tinhoso, aos poucos se soltando. Torcida animada.

 – A primeira boa chance foi de Thaciano, aos 16 min, após boa trama pela direita; tentou concluir na frente da pequena área o cruzamento rasteiro de letra, mas não pegou em cheio na pelota. Aos 17’, Cauly fechando pela direita testou cruzamento que veio do lado oposto e acertou a trave, o goleiro Gustavo já batido (depois, caiu, já encerando). Equilíbrio de ações, a despeito de um Bahia mais ofensivo, jogando mais próximo da área inimiga.

 – Aos 27’, grande arrancada em jogada individual de Everton Ribeiro, rasgando pelo meio, o chute frontal passou perto. Tempo passando, o Tricolor adiantado, o Criciúma todo encolhido, retranca estratégica, um empate lhe serviria bem. Aos 46’, boa trama pela esquerda, cruzamento rasante de Juba, o bom goleiro Gustavo salvou, arrojando-se na pequena área, nos pés de Everaldo.       

  Uma primeira etapa sem gols, só o Tricolor chegou perto de marcar, metendo uma bola na trave e dando algum trabalho para o goleiro Gustavo. Marcos Felipe, do Bahia, pouco incomodado. O Bahia teve mais a bola, mais volume de jogo, mas finalizou pouco. O Criciúma priorizou a marcação, fechadinho atrás, todos atrás da linha da bola, na manha.

  Segunda etapa – No recomeço, o Criciúma com postura mais solta, ofensiva, tentando surpreender, as linhas de marcação mais avançadas, sem pressa, na espera da oportunidade de um contragolpe. O Bahia insistia na troca de passes, com pouca infiltração. Daí…

 – Gol! 1 x 0 Bahia, Thaciano, aos 12 minutos, escorando na pequena área um ótimo cruzamento de SantiArias, da linha de fundo, bem lançado por Cauly.

 Com o placar, esperava-se um Criciúma com outra postura, saindo pro jogo. Então, Tencati logo trocou dois, Newton, Marquinho Gabriel em campo, saíram Barcia e F. Mateus. Não deu em nada. O Bahia melhor. Aos 18’, num contragolpe rápido quase o Bahia ampliou; aos 20’, Everaldo recebeu de Everton Ribeiro, chutou enviesado, por cima.  

 – Ceni lançou Ademir e Biel, saíram Thaciano (autor do gol) e Cauly, que fez um belo primeiro tempo. O Tricolor não recuou, continuou em cima, assediando, mas já valorizando a posse de bola, cadenciando.

– Aos 34’, Ademir arrancou do meio de campo, a mil por hora, driblou o zagueiro, ficou de cara bateu e Gustavo salvou, numa grande defesa; era pra matar o jogo, Biel estava livre ao lado, e Ademir não passou. Aos 39’, um chutaço de De Pena, a bola desviou e ia entrando no canto, mas Gustavo salvou, no reflexo, espalmando.

 Aos 40’, Ceni pôs Oscar Estupinam e Rezende em campo. Aos 41’, após cruzamento da direita, cabeçada de Óscar, outra defesa de Gustavo. O árbitro acrescentou 6 minutos.

 Deu Bahia, um placar murcho para o que foi o jogo, o time baiano em nenhum momento perdeu o controle do jogo, pouco sofreu.  

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 Destaques:

 – No Bahia, ótima atuação do lateral Árias; bem Cauly, Éverton, Juba; mais uma atuação segura da dupla de zaga – Gabriel Xavier e Kanu.  

 – No Tigre sulista, o bom goleiro Gustavo, a zaga dura, firme, boa técnica de Felipe Mateus; no mais, o conjunto, a pegada forte, uma equipe taluda e aplicada..     

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Ficha Técnica

– O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipé, Santiago Arias, Gabriel Xavier, Kanu e Juba; Caio Alexandre (Carlos de Pena), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Rezende), Cauly (Biel), Thaciano (Ademir); Everaldo (Óscar Estupinam) .

– O Criciúma (Tigre de Santa Catarina) do técnico Cláudio Tencati: Gustavo, Claudinho, Rodrigo, W Angel e Trauco; Felipe Mateus, Meritão, Hermes; Éder, Viseu e Barcia. (Ronald, Marquinho Gabriel, Newton, Bolasie, Mateusinho)  

 – Arbitragem do rodado Marcelo de Lima Henrique (Ceará), com VAR carioca. Sem problemas, sabe levar o jogo sem prejudicar o espetáculo.  

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  O jogo de volta, decisivo (só um segue na disputa), em Santa Catarina, acontece no dia 23/05.

  – O Bahia volta a campo no domingo, 5 de maio, no Engenhão/RJ; encara o Botafogo, pelo Brasileiro Série A.

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  O Vitória joga pela Copa do Brasil no dia 2/05, quinta-feira à noite, contra o Botafogo/RJ, no Engenhão.

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  São jogos seguidos, em competições diferentes, sem muito tempo para treinar ou mesmo recuperar fisicamente os atletas, até por conta das viagens. Daí ser necessário um elenco com boas alternativas, reservas à altura, para que as equipes mantenham a competitividade.

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Foto: EC Bahia/Letícia Martins