Bahia joga bem e perde outra, Vitória vence fora e sobe na tabela

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Por Zédejesusbarreto

O Bahia fez, sem dúvidas, uma de suas melhores partidas, desses últimas na Fonte Nova, mas a fase é realmente de má sorte. O time dominou o primeiro tempo, abriu o placar, levou um gol de falta numa dos poucas chances do adversário, e dominava também a segunda etapa, perdeu chances, teve gol anulado pelo VAR mas, aos 45 minutos, levou um gol de cabeça (confirmado pelo VAR) numa bola alçada, talvez a única oportunidade do Verdão na segunda etapa.  Quem não faz, toma! Diria o torcedor, no jargão. Mesmo triste com o resultado não vaiaria a equipe, pelo desempenho, a vontade, o futebol mostrado.   

 No todo, foi um belo espetáculo, limpo, bem jogado, sem problemas de arbitragem. Faltou sorte ou competência ao Tricolor? Entendo que as duas coisas, fundamentais no jogo de bola. A torcida vaiou, pelo resultado, mas é preciso reconhecer que enfrentamos uma das melhores equipes sul-americanas, de igual pra igual, e jogamos melhor, tivemos mais volume, criamos mais chances… Talvez tenha nos faltado, de novo, aquele definidor, um pouco de mais qualidade na frente. O futebol às vezes é muito cruel.   

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  Em Santa Catarina, com um atleta a mais em campo desde a metade do primeiro tempo e um gol de cabeça em jogada bem ensaiada de escanteio, o Vitória venceu o Criciúma, concorrente direto, e ganhou mais três pontos (agora 41), fundamentais para a meta de garantir a equipe na Série A de 2025. Faltam 4 jogos e mais uma vitória e um empate livram o time de qualquer perigo de queda. Vale exaltar e comemorar o triunfo contra o adversário direto, na casa do Criciúma, conseguido com muita aplicação, sorte e o favorecimento por conta da expulsão de um adversário. O Rubro-negro não jogou uma grande partida, jogou pra vencer, como tem feito.    

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Classificação

– O Botafogo lidera, com 68; Palmeiras (67); Fortaleza (63); Flamengo (60); Internacional (59); São Paulo (58); Cruzeiro (47) e Bahia (46) …

 … Vitória(41); AthléticoPR (40); Juventude (40) Fluminense e Criciúma e Bragantino (37 pontos); Cuiabá (31) e Atlético GO (26).

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Na Fonte Nova

– Noite de quarta, feriado nacional do Dia da Consciência Negra, tempo limpo, gramado tratado e aqui e ali mastigado por conta do jogo do Brasil 1 x 1 Uruguai na noite anterior, arquibancadas com público abaixo do que se esperava pelo tamanho do jogo…

– O Tricolor em oitavo lugar, 46 pontos, almejando uma vaga na Libertadores 2025, possível; o Palmeiras na vice-liderança, apostando num tropeço do líder Botafogo para sonhar com o título, daí nem pensar em tropeço. Jogo ofensivo, prevíamos.

– Bahia com sua camiseta nova, sugesta de Carlinhos Brown, com motivos afro-baianos, pelo dia; azul com detalhes, calções brancos. O Palmeiras de camisas brancas e calções verdes.

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Com bola rolando …

– Primeira chegada do Bahia aos 2 min, em jogada ensaiada de falta, cabeçada de David Duarte, Murilo salvou mandando a escanteio. Um Tricolor mais ousado no começo. Aos 12’, cruzamento de Juba, Ademir subiu livre na pequena área e testou nas mãos de Wéverton, bem colocado. Aos 21’, juba teve boa chance de finalizar, preferiu cruzar.  Aos 25, pela direita, Ademir avançou e cruzou na pequena área, Tahciano não alcançou e a zaga se safou.

– Gol! 1 x 0 Bahia, Lucho Rodriquez, concluindo de frente, da entrada da área, boa trama coletiva pela direita; chute seco, rasteiro, no canto, aos 27min.

 E o Palmeiras soltou-se, adiantou a marcação, foi pro pau. Ficou franco e corrido. Aos 37’, Everton Ribeiro entrou trançando, bola cruzada da direita, Lucho e uma defesaça do goleiro Wéverton, de seleção brasileira, evitou o segundo. Na resposta, Rony foi atropelado por David Duarte, na meia lua, aos 39’.

 – Gol! 1 x 1, Rafael Veiga bateu a falta e acertou o ângulo, sem defesa. Aos 41min.

O Tricolor sentiu o gol e o Verdão cresceu no final, na pressão.

O Bahia foi melhor na primeira etapa, mais ofensivo, jogando mais no campo adversário, criando boas chances, mas cedeu o empate no final (gol de falta) e deixou o jogo aberto para a segunda etapa. Bom duelo, bem jogado.

  Segundo tempo – Nada mudou. O Tricolor voltou no mesmo ritmo, atacando, linhas avançadas. Os paulistas marcando, suportando bem e saindo sempre com perigo, em jogadas individuais e tramas bem urdidas. Ademir desfrutou de duas boas chances, prevaleceu o goleiro Wéverton.

– Aos 10’, Ceni lançou Biel, saiu Thaciano. Aos 14’, bomba de Lucho, defesaça de Wéverton, salvando duas vezes, no rebote também. Aos 20’, Abel Ferreira sentiu o Bahia melhor e decidiu trocar três; em campo Vanderlan, Gustavo Gomes e Vanderlan). Aos 21’, cabeçada de Biel, Weverton foi buscar e espalmou no rodapé.

 – Só o triunfo interessava às duas equipes. Ceni lançou Cauly e Everaldo, antes dos 30’, saíram Lucho e Ademir. Disputa parelha, embora o Bahia ocupando mais o campo inimigo. Aos 34’, Biel tabelou com Jean Lucas, Cauly, entrou de cara e chutou mal, por cima. Absurda chance desperdiçada, Biel estava livre… ele e o goleiro.

 Olhe o VAR!  Gol anulado.

– Gol! Bahia, 2 x 1, aos 40m. Trama coletiva, Gilberto cruzou da direita, Thiago pegou de primeira, belo chute de canhota, a bola desviou em Jean Lucas e entrou. O VAR chamou, Jean Lucas estava adiantado quando a bola desviou nele, na pequena área. Putz! 

Olhe o VAR ! Gol do Palmeiras valeu.

 Aos 43’, bola cruzada da esquerda, cabeçada de Flaco no travessão, no chão, toda dentro e saiu. O jogo seguiu, mas…

– Gol, 2 x 1 Palmeiras. O Var chamou e confirmou o gol, aos 45 minutos.  Uma das raras chances de gol dos paulistas. Mala suerte. Deu verdão.

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Destaques

– Bom jogo de Lucho, Everton, Gilberto, Gabriel Xavier… Jean lucas voltou a jogar muito.

No Palmeiras, Weverton, Rafa Veiga, Murilo…  

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Ficha Técnica

– Bahia de Ceni com novidades em todos os setores da equipe: Adriel, Gilberto, Gabriel Xavier, David Duarte e Juba; Caio Alexandre (Thiago), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Acevedo) e Thaciano (Biel); Ademir (Cauly) e Lucho Rodriguez (Everaldo).

– O Palmeiras do gajop Abel Ferreira: Wéverton, Marcos Rocha, Vitor Reis, Murilo e Caio Paulista; Anibal Moreno, Maurício, Rafael Veiga e Felipe Anderson; Dudu e Rony (Gustavo Gomes, Romulo, Vanderlan, Gabriel Menino, Flaco Lopes)  

– No apito o encrencado e conversador Wagner Magalhães/RJ.

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Pela rodada 35ª o Bahia recebe o Athlético PR, na Fonte Nova.   

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No Heriberto Hülse/SC

– Tarde de quarta, tempo nublado, chuvinha fina, vento frio, 18 graus, gramado tapetoso mas molhado e escorregadio, uma torcida meeira mas animada nas arquibancadas.

– Um jogo importante na parte de baixo da tabela. O Criciúma na boca da zona do desespero (37pontos), precisando pontuar em casa para respirar e pensar em continuar na Série A/2025. O Leão baiano a um ponto apenas da tal zona (13ª posição, 38 pontos), era vencer pra não descer de novo para a área do desespero.

– Trajes – O time da casa com seu tradicional amarelão e preto e branco; o Vitória de uniforme dois, inteiro de branco com detalhes em vermelho e preto.

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Com bola rolando…

– Começo corrido, o time da casa tentando se impor, postura avançada. O Leão bem plantado, na estratégia do contragolpe, pegada forte e velocidade. Aos 11’, primeira defesa vistosa de Lucas Arcanjo, após cabeçada frontal pra baixo e colocada do africano Bolasie, evitando o gol.

– Aos 28 min, após carreirão de Carlos Eduardo, tropeção, queda nas proxidades da área catarinense, o árbitro foi ao VAR, interpretou como falta e expulsou o zagueiro do Criciúma, sob protestos (ele nem era o último defensor). Lucas esteves bateu a falta, o goleiro triscou e a bola chocou-se no travessão. Quase. O time da casa com um atleta a menos em campo, o Leão favorecido com a expulsão contestada.

  – Aos 36’, Bolasie, sempre ele, rolou e Ronald arriscou da meia lua, pra fora. Aos 40’, depois do africano aprontar um salseiro pela direita, bola cruzada, fechada na pequena área, ninguém alcançou. Com um atleta a mais, o time baiano mudou de estratégia, avançou suas linhas, cresceu, ao ataque. Mas nada de gol na primeira etapa, com a chuva engrossando. Muita chiadeira dos catarinenses com a arbitragem/VAR.

   Recomeço, o Leão com um a mais em campo, na obrigação de buscar o gol. O Criciúma fechadinho atrás, apostando num contragolpe. Seria a tônica da segunda etapa. Janderson substituiu Mosquito, apagado – dois homens de área no ataque rubro-negro. O outro lado, Allano, atacante arisco, no lugar do meia Matheuzinho.  Mudanças ousadas, os times precisavam de gols. Jogo aberto, lá e cá, animado e equilibrado.

 – Gol! 1 x 0 Vitória, aos 23 minutos. Escanteio levantado da direita, o grandalhão Janderson subiu e raspou, testou acertando canto. A velha e boa jogada bem ensaiada, o goleirão catando borboletas.

 O Leão, com vantagem numérica de atletas e também no placar, passou a administrar o ritmo, fechadinho, na espera do momento do bote para matar o jogo. O Criciúma em cima, mas sem conseguir finalizar. Aos 40’, por pouco Rodrigo, de cabeça, não empatou. O Leão recuou inteiro, pressão final do Criciúma, Ufa!  Deu Leão, Vitória importante.

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Ficha Técnica

– O Criciúma de Claudio Tencatti: Gustavo, Claudinho (expulso), Rodrigo, Figueiredo e Hermes; Newton, Ronald, Matheuzinho e Felipe Mateus; Bolasie e Vizeu. (Dudu, Allano, Arthur Cayque, Pedro Rocha)

– O Vitória de Carpini: Lucas Arcanjo, Cáceres (Lepo), Néris, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; William, Ryller e Mateusinho; Mosquito (Janderson), Alerrandro e C. Eduardo (Felipe Machado, Ze hugo).

– No apito, o gaúcho Rafael Klein.

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O próximo jogo do Leão, contra o líder Botafogo, é no Rio de Janeiro, estádio Nilton Santos. A delegação do Vitória segue direto de Santa Catarina para o Rio.

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Outros jogos da rodada

– Corínthians 2 x 1 Cruzeiro; RB Bragantino 1 x 1 São Paulo; AthléticoPR 2 x 0 AtléticoG

  Cuiabá 1 x 1 Flamengo (em andamento); Grêmio 1 x 2 Juventude (idem);

às 21h – AtléticoMG x Botafogo.

Foto: EC Bahia