Por Zédejesusbarreto
Um triunfo sofrido, com emoções, na cobrança de penalidades, mas justo. O Bahia foi melhor nas duas etapas do jogo mas levou dois gols inadmissíveis, ambos de bolas alçadas na pequena área tricolor, uma no começo e outra no final da partida, em ambas o goleiro plantado sem atacar a bola alçada. O Bahia pôs a bola no chão, envolveu, empatou e virou (2 x 1) ainda na primeira etapa. Desperdiçou umas três boas chances de ampliar o placar na segunda etapa e, quando tudo parecia definido, levou outro gol (cabeçada de Robinho), em jogada recorrente, na primeira e única oportunidade real criada pelo Caxias na segunda etapa.
Ainda bem que venceu nos pênaltis, a torcida em suspense até meia noite.
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Caxias do Sul
– Estádio Francisco Stédile, o Centenário, bom público nas arquibancadas, gramado mastigado mas bom de jogo, noite fria mas sem chuvas; o time gaúcho buscando garantir o tabu de nunca ter perdido para o Bahia (três jogos, dois triunfos, um empate) e dar um passo adiante na competição. O Bahia de Ceni tentando manter a boa fase, cinco triunfos seguidos fora de casa, brigando para passar à terceira fase da Copa do Brasil.
– O Caxias com uniforme inteiro meio que arroxeado/lilás; o Bahia com sua camiseta branca (listrinhas horizontais no peito em vermelho e azul), calções em azul.
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Com bola rolando …
– Torcida inflamando, o time da casa começou pressionado, postura avançada. E, logo aos 4 minutos…
– Gol! 1 x 0 Caxias, gol contra de Caio Alexandre, de peito, após escanteio cobrado da direita, bola rasante e forte na pequena área, infelicidade do apoiador tricolor (foi sem querer ou querendo que ele meteu o peito na bola, pra trás?). De todo modo, sabemos todos que é jogada forte de todos os times treinados por FUCS, a tal ‘bola parada’.
O Caxias fechou-se atrás e o Tricolor já conseguindo por a bola no chão, a trocar passes.
– Gol! 1 x 1 Bahia, aos 18 minutos. Saída defensiva com passe de Cuesta, Cauly recebeu na frente da meia lua, limpou e bateu seco de direita, rasteiro, acertando o canto, empatando.
O Bahia dono da bola, envolvente, o time da casa correndo marcando, dificultando, apostando num erro do adversário, num contragolpe, um escanteio, uma falta, aquela bola levantada ensaiada… As ações se desenrolando mais no campo defensivo gaúcho.
– Gol! 2 x 1 Bahia, Thaciano, aos 40 min. Trama coletiva, passe de calcanhar de Everton Ribeiro, Everaldo da direita rolou pra Thaciano, que penetrava pelo meio; a batida firme, de primeira, sem chance de defesa. Um gol de trabalho coletivo. A virada.
A despeito de ter levado um gol logo no começo, o Bahia conseguiu aos poucos se impor, no toque, no chão, valorizando a posse de bola e virou (2 x 1) em duas jogadas coletivas e boas conclusões. Um Tricolor superior, tecnicamente, mas o Caxias não estava morto… tínhamos toda uma segunda etapa pela frente.
– O time gaúcho, era de se esperar, retornaria aceso, pegando forte, as linhas mais avançadas, tentando surpreender. Mas, logo a um minuto, Cauly desperdiçou boa chance, chutando de frente, fraco nas mãos do goleiro. Depois, Everaldo arriscou, a bola subiu, passou longe. Aos 11, num ótimo contragolpe, Thaciano entrou livre, de cara, parou na providencial saída do goleiro Volpi; boa chance de ampliar.
Uma partida mais aberta, mais parelha na segunda etapa, o Caxias também fustigando, arriscando e pegando duro, matando as jogadas com faltas seguidas. Aos 24’, numa troca de passes, Jean Lucas arriscou de frente a bola desviou na zaga. Depois dos 30’, Biel em campo, saiu Thaciano. Caiu o ritmo e a qualidade da partida, já muito travada. O Tricolor, em vantagem, administrando, sem agonias.
– Gol! 2 x 2, num contragolpe, cruzamento largo e longo da esquerda, Robinho subiu muito, do lado oposto, e testou firme, empatando. Marcos Felipe plantado. Quando o Bahia tinha o controle da partida, aos 45 minutos.
A arbitragem acrescentou 6 minutos e o Caxias entusiasmou-se com o gol achado. Mas deu empate e a decisão foi para cobrança de tiros livres da marca do pênalti.
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Na cobrança das penalidades, deu Bahia, 6 x 5, depois de 16 tiros. Fizeram pelo Bahia, Everaldo, Juba, Cauly, Biel, Everton Ribeiro e Cuesta. Árias e Yago perderam.
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Ficha técnica
– O Caxias do treinador Argel Fucs: Volpi, Marcelo, Denilson, Cesar e Dudu Mandai; Emerson, Elyeser (Álvaro), Barba e Thomas Bastos; Vitor Feijão e Gabriel Silva (Geilson, Robinho, Pedro, Lustosa).
– O Bahia do técnico Rogério Ceni: Marcos Felipe, Arias, Kanu, Cuesta e Rezende (Juba); Caio Alexandre (Yago), Jean Lucas, Everton Ribeiro, Thaciano (Biel) e Cauly; Everaldo.
– Arbitragem do paulista Flávio Rodrigues de Souza (rigoroso com reclamações e condescendente com algumas entradas violentas e seguidas do time da casa, sobretudo no segundo tempo. Permitiu o anti-jogo do time de Argel. Caseiro).
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Próximo final de semana, Campeonato Baiano, definição das equipes que farão a final, disputarão o título de 2024:
– No sábado à tarde, Fonte Nova, Bahia x Jequié. O Tricolor venceu (1 x 0) em Jequié.
– No domingo à tarde, Barradão, Vitória x Barcelona de Ilhéus. O Rubro-negro venceu no Mário Pessoa (2 x 0)
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Foto: EC Bahia/Tiago Caldas