Por Zédejesusbarreto
Escolhido mais uma vez como ‘melhor do mundo’, Messi não compareceu. Acho que até ele achou injusta a oitava ou nona premiação dele, deixando pra trás o francês Mbappé e o super-artilheiro do City Haaland, ambos também ausentes, certamente chateados com as ‘cartas marcadas’, mais merecedores. Constrangedor. A melhor atleta feminina premiada foi a espanhola Aitana Bonmatí, do Barcelona e seleção espanhola.
A despeito desses destaques quem mais apareceu na tela da cerimônia do 8º capítulo do The Best Fifa, em Londres, foi o Brasil. Primeiro que tudo a imortalização, em vida, pela FIFA, da nossa Marta, alagoana, nordestina, a melhor atleta feminina da história do futebol brasileiro, um exemplo de carreira dentro e fora dos gramados, reconhecida internacionalmente. Depois, a emoção do jovem caboclo Madruga, um jovem meio-campista, vencedor do Prêmio Puskas, o gol mais bonito da temporada – uma bicicleta espetacular, de fora da área, acertando o ângulo, num jogo pela Série B, defendendo o Botafogo de Ribeirão Preto. Um assombro. E a emoção do garoto, nas nuvens, em toda sua humildade. Virou estrela! Madruga já foi contratado pelo Cuiabá, vai disputar a Série A/2024. A família humilde, em Campo Grande, vibrando.
Não foi só isso. Éderson, goleiro do City e da Seleção foi eleito o melhor do mundo. Merecido, é o que melhor joga com os pés, hoje, e conquistou tudo nessa temporada, com o Manchester City do treinador Guardiola – eleito também o melhor do planeta. Não acabou. Marcante também a presença no palco dos ídolos Cafu, Ronaldo, Roberto Carlos, Roque Junior, Edmilson … representando Vini Jr e sua postura na luta contra o racismo, dentro e fora de campo, que nos rendeu o troféu Fair Play.
Não bastasse, a bela homenagem prestada a três atletas extraordinários, de carreira marcante, que nos deixaram nesses últimos meses: o lendário meia inglês, o Sir Bobby Charlton, Campeão do Mundo e capitão do time em 1966; o múltiplo e elegante keiser alemão Beckenbauer, campeão do mundo em 1974 (capitão do time) como jogador e em 1990 como treinador. Uma lenda, amigo de Pelé e do capita Carlos Alberto, jgaram juntos no Cosmos. E, no grupo homenageado, o nosso Zagalo, bi-campeão do mundo como jogador, em 1958 e 62, e bi-campeão do mundo em 1970 e 1994 no comando técnico da Seleção Brasileira.
Assim, viva o Brasil, o futebol brasileiro, ainda muito considerado e respeitado pelo mundo, apesar dos nossos desmandos. Na seleção FIFA, a presença ainda de dois brasileiros, o defensor Militão e o ponteiro Vini Jr, que está em alta, como nunca, depois dos três gols feitos no clássico contra o Barcelona, pela Copa da Espanha, vencida pelo Real Madrid, em campos das arábias.
Foto: Fifa