A alta no preço do cacau impacta diretamente o Brasil, já que a produção nacional não supre a demanda interna. O país, que colhe entre 190 mil e 200 mil toneladas anuais, precisa importar o fruto, principalmente de nações africanas. Enquanto isso, a indústria moageira brasileira processa cerca de 230 mil a 240 mil toneladas por ano, transformando o cacau em derivados para abastecer o setor chocolateiro.

A valorização do cacau tem origem na crise enfrentada pelos principais produtores globais, Gana e Costa do Marfim, que respondem por 70% da colheita mundial. As mudanças climáticas afetaram as safras desses países, reduzindo a oferta e pressionando os preços.

O preço de referência do cacau negociado em Nova York saltou mais de 180% desde março de 2023, passando de aproximadamente US$ 2,9 mil por tonelada para mais de US$ 8 mil na última semana.

Diante desse cenário, a Páscoa de 2025 deve pesar mais no bolso dos consumidores, refletindo o encarecimento do cacau nos últimos anos devido à oferta global reduzida e aos impactos climáticos sobre as regiões produtoras.
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