Por Zédejesusbarreto
Parecia um Bahia diferente, com um futebol dinâmico e ofensivo, nos 30 primeiros minutos. Jogão de bola, o torcedor animado, o goleiro paulista trabalhando… daí o goleiro Marcos Felipe foi repor uma bola, com os pés, e entregou de bandeja para Luiz Henrique, da meia lua, agradecer e abrir o marcador para os paulistas. Daí em diante o que se viu foi um time nervoso, desarticulado, desesperado… a correr, tentar… e nada. O São Paulo jogou no erro do Bahia e fez 3 x 0, um placar elástico para o que foi o jogo, mas justo. Decepcionante resultado. O torcedor vaiou, vem crise por aí.
Esse resultado mostra que o time chegou onde podia. No máximo almeja uma sul-americana e ainda bem que com 46 pontos não cai. O astral tá muito baixo.
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Na Fonte Nova
– Noite de terça-feira, tempo limpo, bom relvado, arquibancadas com público abaixo do esperado.
– Depois de um mês, o Tricolor se reencontra com a torcida, parte dela ressabiada com o time e seu treinador, em busca de pontos que lhe permitam ainda sonhar com uma classificação para a Libertadores/2025. O time de Ceni em 7º lugar, 5 pontos atrás do São Paulo – 51 pontos, 6º colocado-, concorrente direto à vaga, pois. Duelo de tricolores, pela 32ª rodada.
– O Bahia com seu traje um, camisetas brancas, calções em azul; o São Paulo com sua camisa tri-colorida, listras verticais.
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Com a bola rolando …
– Aos 2 min, primeira boa chance do Bahia, com Jean Lucas entrando livre pela esquerda; demorou de decidir e foi travado na hora do chute. Aos 3’, Lucho girou da meia lua e bateu forte para boa defesa de Rafael. O time da casa com suas linhas de marcação avançadas, um Bahia ofensivo. Aos 5’, Ademir recebeu livre na direita e bateu seco, rasteiro, raspando o poste de Rafael. Aos 7’, Juba cruzou da esquerda, por baixo, a zaga chegou antes de Everton Ribeiro, escanteio. Bom começo da equipe baiana.
– Aos 11’, nova investida com chute de Jean Lucas, da entrada da área, defesa de Rafael. Aos 14’, numa falta bem ensaiada frontal, o chute de Juba e a defesa salvadora de Rafael, no rodapé. Aos 15’, nova chance, e por pouco Lucho não alcançou para empurrar às redes, na pequena área. Só dava Bahia, sufocando, criando, usando a velocidade ofensiva. Aos 21’, primeiro chute dos paulistas; Luiz Gustavo arriscou de longe, nos braços de Marcos Felipe. Aos 23’, bom chute de Lucas, da entrada da área, Marcos Felipe espalmou, por baixo.
O São Paulo entrava no jogo, tentava equilibrar as ações, já ocupando e trabalhando também no campo adversário. Aos 28’, num lance pela direita, Lucho pisou em falso, sentiu o joelho… mas voltou a campo, depois de atendido. Por volta dos 30’ o jogo já era mais igual, com os paulistas trocando passes, evoluindo, exigindo da defensiva baiana. Aos 39’, numa saída de bola confusa, entre Kanu e Juba, Luciano arriscou…
– Gol! 1 x 0 São Paulo, aos 42’. Marcos Felipe foi sair jogando, de pé, e entregou a Luiz Gustavo na frente da meia lua, livre. O meia só bateu com o gol vazio. Falha, entregada absurda do goleiro.
Aos 47’, um ‘milagre’ de Rafael, após cruzamento de Árias e casquinha de cabeça de Ademir, a bola descaindo no canto. Toda boa equipe começa com um grande goleiro, está escrito nos manuais. Pois.
Uma primeira etapa em que o Bahia dominou, pressionou e criou boas chances de gol até os 30 minutos. Daí o São Paulo equilibrou, ficou parelho, mas o goleirinho entregou um gol ao São Paulo, num erro infantil, de baba, de várzea… Por conta de erros assim o Bahia tem perdido pontos irrecuperáveis. E os paulistas desceram para a merenda em vantagem, parte da torcida tricolor vaiando, alguns jogadores cabisbaixos… Dava pra virar?
Segunda etapa – O São Paulo retornou sem pressa, valorizando a posse de bola, ocupando os espaços de meio-campo, administrando bem a vantagem. Um Bahia inicialmente meio perdido, correndo, brigando, mas desarrumado, nervoso, mais na vontade, na correria. O gol paulista deixou o time atordoado. Era preciso buscar, achar o gol do empate…
– Aos 8’, primeira tentativa de Ademir, pegou mal na bola, por cima. Aos 9’, bola alçada da direita em cobrança de falta, testada de Gabriel Xavier, no canto, defesaça de Rafael, mandando a escanteio. O Bahia se lançava ao ataque, desordenadamente, os paulistas fechadinhos, travando, encerando e apostando num contragolpe para definir.
– Liziero e Arboleda em campo, aos 13 min. O treinador Zubeldía pôs três zagueiros, alas, mexeu na escalação e no sistema de jogo, pra garantir o resultado. No Bahia, Acevedo, Ratão e Everaldo em campo, saíram Jean Lucas (amarelado), Cauly (que pouco rendeu) e Ademir (correu, correu…) Vinte minutos, o Bahia na pressão, alçando bolas, sem êxito. Daí, noutra bobeira defensiva baiana
– Gol! 2 x 0 São Paulo, aos 22 min. Bola do tricolor na lateral direita, dominada, Lucas briga, Kanu se enrosca, a bola espirra e sobra do lado oposto, na praia, pra Wellington Rato empurrar para o gol livre.
O São Paulo jogando apenas nos erros do Bahia, dois gols bobos. Aos 34’, noutro erro de saída defensiva, quase Luciano ampliou. Aos 39’, cruzamento da direita, Everton Ribeiro não chegou a tempo na pequena área. O time baiano em cima, assediando, e o tricolor paulista se defendendo, garantindo. Aos 43’, novo cruzamento de Arias, da direita, Everaldo livre testou pra fora.
– Gol! 3 x 0 São Paulo, Lucas, aos 45’. Contragolpe puxado por W. Rato, a defesa baiana toda avançada e desarrumada, bola rolada para o balaço de Lucas, definindo.
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Destaques
O goleiro Rafael, com defesas fundamentais; Wellington Rato que entrou no segundo tempo, fez gol e deu outro pra Lucas, o veterano, que ainda corre muito.
No Bahia, a enterrada do goleiro, a zaga perdida e nervosa depois da falha, do primeiro gol, Que mais dizer? Não faltaram vontade, correria … falta é talento. Um elenco com pouca qualidade. Sem goleiro não há time, não tem equipe vencedora. Tenho dito.
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Ficha Técnica
– O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Árias, Gabriel Xavier, Kanu e Juba; Caio Alexandre (De Pena), Jean Lucas (Acevedo), Everton Ribeiro, Cauly (Ratão) ; Lucho e Ademir(Eve).
– O São Paulo do técnico Zubeldía: Rafael, Igor (W. Rato), Sabino, Allan Franco e Jamel Lewis (Arboleda); Luiz Gustavo, Marco Antonio (Liziero) e Luciano; Lucas, Calleri e Ferreira. (Nestor, Rafinha)
– No apito, o desconhecido Alex Gomes Stéfano (RJ)
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O próximo compromisso do Bahia, pela 33ª rodada, é contra o Juventude, lá na Serra Gaúcha.
Na sequência:
– 34ª rodada – 20/11: Bahia x Palmeiras, às 20h, na Fonte Nova.
– 35ª rodada – 24/11: Bahia x Athletico-PR, às 16h, na Fonte Nova.
– 36ª rodada – 30/11: Cuiabá x Bahia, às 19h30, na Arena Pantanal.
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Dois outros jogos da noite:
– Botafogo 3 x 0 Vasco da Gama; Internacional 2 x 0 Criciúma.
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Os jogos do Vitória:
– 9/11 – 33ª rodada – Vitória x Corinthians, no Barradão, às 16h30 (sábado)
– 20/11 – 34ª rodada – Criciúma x Vitória, no Heriberto Hulse, às 16h30 (quarta-feira)
– 23/11 – 35ª rodada – Botafogo x Vitória, no Nilton Santos, às 19h30 (sábado)
– 1/12 – 36ª rodada – Vitória x Fortaleza, no Barradão, às 18h30 (domingo)
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Torcida contra e a favor
Lamentável o comportamento de grupos de torcedores (?) do Bahia, xingando e ameaçando atletas, funcionários do clube e o treinador Rogério Ceni, mesmo com a equipe em 7º lugar, disputando uma vaga na Libertadores.
Triste, deplorável. Injustificável. Puxam pra baixo, remam pra trás, não são torcedores, jamais seriam Bahia! São contra Bahia, negativistas, criminosos, diria. Nada a ver com a história, as cores, o hino do clube, da torcida. Abominável. Só prejudica o time.
Enquanto isso, os torcedores do Vitória, mesmo o time ainda brigando contra o rebaixamento, dão provas de amor incondicional a cada jogo, a cada embarque, a cada desembarque. Empurram pra frente, passam energias positivas, contagiam.
Muito estranho tudo isso.
Foto: EC Bahia