Por Zédejesusbarreto
Pelo que o Bahia não jogou, o placar de 3 x 0 foi pouco. Uma derrota feia, o time perdeu a invencibilidade e com quatro jogos realizados continua sem vencer no Brasileirão. Pior, a equipe está entre os últimos colocados na tabela de classificação, sinal vermelho de alerta.
O primeiro tempo do Tricolor foi horrível, acuado, sem passar do meio de campo, errando tudo, o Cruzeiro martelou todo tempo, até fazer o primeiro já no finalzinho. Com duas modificações feitas no intervalo, o Bahia até voltou melhor na segunda etapa, equilibrando bem, buscando o ataque, mas dois erros de passe ocasionaram os contragolpes fatais e dois gols mais para os mineiros. Mau resultado e um péssimo jogo do Bahia, muito abaixo do que vinha rendendo, fisicamente, coletivamente, individualmente.
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No Mineirão/BH
– Noite da quinta-feira santa, tempo limpo, bom público, gramado muito usado, mastigado, jogo fechando a 4ª rodada. O Bahia, com três empates em três jogos, em busca de seu primeiro triunfo, dos três pontos para fugir da zona de baixo da tabela. O Cruzeiro, a Raposa mineira, com quatro pontos ganhos, precisando marcar terreno, voltar a vencer, impor-se em casa, diante de sua torcida.
– Uniformes; O Cruzeiro de camisetas em azul, com detalhes brancos; O tricolor com seu padrão um, camisas brancas.
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Com bola rolando…
– Os donos da casa com as iniciativas, as linhas de marcação avançadas, apertando a saída de bola do Tricolor. O Bahia recuado, tocando a bola na defensiva, recuando muito para o goleiro… daí, aos 11 minutos, Ronaldo foi apertado por Kaio Jorge e cometeu pênalti. Só que … o mesmo Kaio Jorge bateu a penalidade e Ronaldo catou, redimindo-se. Aos 16’, quase gol contra, outra boa defesa de Ronaldo, que sentiu a perna.
Aos 17’, saiu Ronaldo, machucado na coxa, entrou Marcos Felipe. Um Bahia acanhado, atrás, sem marcar bem e sem sair pro jogo, mal passou do meio de campo. Uma equipe desencontrada, totalmente perdia em campo. Só deu Cruzeiro, até os 35min. O Bahia não atacou, não tentou sequer um chute na direção do gol de Cássio. Irreconhecível.
– Aos 38’, chutaço de Wanderson, Marcos Felipe rebateu de soco. Aos 41’, primeira tentativa de chute a gol do Bahia, com Jean Lucas de longe, fora do alvo. Aos 46’, bola alçada, cabeçada de Wanderson, defesaça de Marcos Felipe, espalmando. Mas…
– Gol! 1 x 0 Cruzeiro, aos 49’. Lucas Romero, desmarcado, ajeitou lá da intermediária e mandou bala, Marcos Felipe mal colocado saltou atrasado e não achou nada. Aceitou.
Primeira etapa de um time só, a Raposa mineira. Cercou, assediou, martelou… só foi conseguir o gol no minuto final dos acréscimos. 1 x 0 foi pouco diante do domínio absoluto do Cruzeiro. Um Bahia irreconhecível, horrível, marcando muito mal no meio-campo, errando passes, atrasando demais a bola pros goleiros, perdendo as divididas, os rebotes, sem jogada ofensiva, parecendo um timeco de várzea. Louve-se apenas a determinação e luta dos jovens zagueiros Fredi e Mingo. Cauly e William José não viram a cor da bola. Uma atuação pra apagar, vergonhosa. Que fazer no vestiário pra mudar a postura de equipe?
Segundo tempo – Mudanças no Bahia, com as entradas de Everton Ribeiro (saiu Erick, já com cartão amarelo) e Lucho Rodrigues (saiu William José). No Cruzeiro, saiu Fagner, machucado, entrou Wiliam. A Raposa retornou com a mesma disposição, tomando as iniciativas. O Bahia saindo mais de trás, buscando também o ataque, com uma postura mais corajosa. Um recomeço mais equilibrado. Aos 13’, Pulga tentou de longe, pelo meio, por cima.
– Gol! 2 x 0 Cruzeiro, aos 19’. Uma bola dominada na frente, Everton Ribeiro cochila e perde o controle, Christian rápido enfiou nas costas da zaga, pra velocidade de Caio Jorge que disparou, encarou o goleiro e definiu, ampliou. No momento em que o Bahia parecia melhor.
– Aos 25’, saiu SantiÁrias, sentindo a coxa, entrou Gilberto; Cauly, que nada fez, entrou Ademir.
– Gol! 3 x 0 Cruzeiro. Outra bola perdida no ataque, passe erado de Gilberto; bola roubada, Kaio Jorge pegou livre na entrada da área e acertou o chute cruzado, ampliando.
– Aos 34’, boa jogada individual de Pulga, o chute cruzado saiu por cima. Aos 45’, bola alçada, cabeçada de Fredi, pra fora. Aos 47’, Ademir bateu falta, cruzando, ninguém chegou. Foi só.
Uma derrota feia, decepcionante.
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Destaques
– A estratégia do treinador cruzeirense, apertando e marcando forte desde o início, o campo inteiro, ganhando todas. O garoto Kaio Jorge, com dois gols. Na segunda etapa, matou o jogo em dois contragolpes, alta velocidade.
No Bahia… os piores, sem dúvida, Cauly, William José… todos, inclusive Caio Alexandre, muito abaixo do normal.
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Ficha técnica
– O Cruzeiro do ‘gajo’ treinador Leonardo Jardim: Cássio, Fagner (William), Fabrício, Villalba e Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Wanderson e Kaio Jorge (Gabigol), mais Eduardo e Wallace.
– O Bahia escalado por Rogério Ceni: Ronaldo (Marcos Felipe), SantiÁrias (Gilberto), Fredi Lippert, Mingo e Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Erick (Everton Ribeiro), Cauly (Ademir); William José (Lucho) e Pulga.
– No apito o enrolado Flávio Rodrigues de Souza.
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Na próxima rodada o Bahia recebe o Ceará, na Fonte Nova – noite de segunda-feira, às 20h, dia 21 de abril.
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Uma feliz sexta-feira Santa para todos
Foto: EC Bahia – Rafael Rodrigues
