Os casos de assédio sexual estão em níveis crescentes e precisam de atuação forte do poder pública e das empresas envolvidas. Em meio a isso, na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Samuel Júnior denunciou o caso ocorrido dentro de um ônibus da empresa Águia Branca.
O caso aconteceu no último sábado (16), com a esposa de um pastor da Igreja Assembleia de Deus, que realizou uma palestra na cidade de Ituberá e, após finalizar, viajou com destino a Eunápolis, ambas no sul baiano. Durante o trajeto, a vítima acabou dormindo e, ao acordar, se deparou com um homem em cima dela, a agarrando.
De prontidão, ela reagiu aos gritos e foi amparada por outros passageiros. No entanto, como relata o deputado, o motorista tomou uma atitude inaceitável, ao convidar a vítima a descer do ônibus e não o criminoso, pois segundo ele, estaria atrapalhando a sua viagem.
“Vejam vocês, colegas, a mulher que foi vítima de um assédio tinha que descer do ônibus em Travessão [localidade de Camamu] à noite! O motorista da Águia Branca disse que isso era ‘normal’ e ela ‘não tinha o que fazer’. Que atitude é essa?”, indagou.
Ainda sobre o caso, Samuel Júnior disse que a vítima teve que descer na cidade de Ibirapitanga, após insistência do condutor do veículo. O responsável pelo ato saiu ileso em meio a esta atitude vergonhosa tomada pelo funcionário.
“Queremos resposta da Águia Branca. Esse homem representa os princípios da empresa? Houve uma omissão grave em meio a um crime que todos no ônibus viram e nada será feito? Não aceitaremos”, finalizou o parlamentar.
Até então, a empresa de transportes não se pronunciou sobre as acusações manifestadas.