O Brasil se despede de uma de suas figuras religiosas mais proeminentes: o médium baiano Divaldo Franco. Natural de Feira de Santana (BA), ele faleceu nesta terça-feira (13), aos 97 anos, em Salvador, cidade onde dedicou mais de setenta anos ao espiritismo, consagrando-se como uma referência doutrinária tanto no cenário nacional quanto internacional.

A mediunidade de Divaldo manifestou-se na infância, mas sua jornada ganhou um novo capítulo em 1952 com a fundação da Mansão do Caminho. Localizada em Pau da Lima, na periferia da capital baiana, essa instituição nasceu com o propósito de acolher e educar crianças em situação de profunda vulnerabilidade social, marcando o início de uma missão transformadora para inúmeras vidas.

Ao longo da década de 1960, a iniciativa floresceu, expandindo seus serviços para oferecer escolas, cursos profissionalizantes e assistência médica gratuita. Com o tempo, a Mansão do Caminho solidificou-se como um extenso e renomado complexo de assistência social, amplamente reconhecido por seu trabalho humanitário.

Atualmente, o espaço continua ativo, amparando crianças, jovens e famílias de baixa renda. A manutenção de toda essa estrutura depende, em grande parte, da comercialização dos livros e gravações de palestras, seminários e entrevistas do próprio Divaldo Franco.

Autor de mais de 250 obras, em sua maioria psicografadas, Divaldo disseminou mensagens de paz, amor e espiritualidade por todo o planeta. Embora não tenha tido filhos biológicos, era afetuosamente chamado de pai por mais de 685 pessoas que encontram acolhimento e educação na Mansão do Caminho.

Seu legado perdura como um farol de dedicação, caridade e profundo compromisso com o bem-estar do próximo.

Desde as 9h desta quarta-feira (14), o corpo de Divaldo Franco está sendo velado no ginásio de esportes da Mansão do Caminho, em Salvador. O público poderá prestar suas últimas homenagens até as 20h.

Foto: Romildo de Jesus