Depois de ter iniciado o período das inscrições para artistas do segmento da arte e literatura preta, a programação da “Feira Literária Arte e Identidade 2023”, que acontece entre os dias 5 e 7 de outubro, no Pelourinho, Centro Histórico da capital baiana tem promovido uma série de ações educativas e culturais que faz parte da estrutura da edição. Por meio de parceria com o Colégio Estadual Carlos Marighella, a edição promoveu uma das ações, o Conversas Pretas Conectadas. O encontro aconteceu dia 26/7, na sede do colégio, no bairro Stiep, em Salvador.

Formada por uma plateia interessada em temáticas como propriedade, empoderamento e identidade, a roda de conversas atraiu estudantes e professores que lotaram um dos auditórios da instituição de ensino, a exemplo da participação dos alunos e professores do Colégio Estadual Rotary Itapuã. Com o tema “Nós, Marias Felipas Contemporâneas”, os debates reuniram mulheres negras baianas que deram voz aos seus discursos a partir da visão individual do conceito de “lugar de fala”, ações individuais e coletivas que tensionam e promovem as discussões sobre políticas públicas e reparação social dentro de uma perspectiva feminista.

A mesa foi composta por Karla Carvalho, ecofeminista e vice-gestora de escola pública; Cris Santana, produtora cultural e idealizadora do projeto Festa Literária Arte e Identidade; Camila Parker, mulher trans, yalorisá e Secretaria dos Direitos Humanos do Partido Verde em Salvador; Dalila Oliveira, dançarina, coreógrafa e Deusa do Ébano 2023 do Bloco Afro Ilê Ayê. Também marcaram presenças a equipe do NTE26 – Núcleo Territorial de Educação da Sec/Ba, e Ailton Ferreira, assessor especial da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SEADES/Ba).