Por Henrique Ribeiro
“Pó de Pemba e questão de fé” – (Rosalvo Abreu)
No descompasso
do meu coração,
mesmo que você não sinta,
mesmo que você não ache…
sempre manteremos o ritmo
uníssono dos confrades.
Viemos
cada um em seu tempo,
do friozinho do planalto
para a brisa do atlântico,
saudar a mãe Iemanjá,
vivenciar as bençãos
do Senhor do Bonfim
e dos sagrados orixás.
Mergulhamos
na Baía de Todos os Santos,
aprendemos o mistério da fé
e a dança rítmica da vida
nas cadências das marés.
Que a nossa amizade
[entre desaturações,
arritmias e presões]
sempre nos valha,
já que você
se encontra preso
às minhas cordoalhas…
(Homenagem ao amigo, colega, confrade, padrinho e poeta, Henrique DE Oliveira, Salvador-BA)