Esquerda vence no menor número de prefeituras em 20 anos

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Os partidos de esquerda, somados, elegeram o menor número de prefeitos nas eleições municipais de 2024 em comparação a todas as outras disputas nos últimos 20 anos. Juntos, PT, PSB, PDT, PC do B, PV, Rede e Psol ganharam o comando municipal de 749 cidades neste ano, número inferior ao registrado em todas as disputas eleitorais de 2004 a 2020.

O ápice da esquerda nas corridas por prefeituras foi em 2012, quando esses partidos, juntos, elegeram um total de 1.533 mandatários. Na época, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), estava em seu momento de maior popularidade – segundo o Datafolha, 62% dos brasileiros avaliavam o seu governo como bom ou ótimo no final daquele ano. Foi o ano que consagrou Fernando Haddad (PT) como prefeito de São Paulo, enquanto o PT, sozinho, conquistava um total de 636 prefeituras no país.

Desempenho dos partidos de esquerda nas eleições municipais

A partir da eleição seguinte, os partidos de esquerda foram reduzindo os seus números. Em 2016, ano em que Dilma foi derrubada do cargo por conta de um processo de impeachment capitaneado pela direita, o número de eleitos petistas caiu a menos da metade. Em 2020, ano marcado pela pandemia da covid-19, foi a vez de PSB, PV e PCdoB verem seu número de prefeitos cair pela metade em comparação à eleição anterior.

O ano de 2024, assim, não registra apenas uma queda no número absoluto de prefeituras conquistadas, mas também uma mudança na composição desse rol de eleitos pela esquerda. O PT teve alguma recuperação – foi de 183 prefeitos eleitos de 2020 para 252 neste ano – mas não é mais o partido hegemônico. Fica atrás do PSB, que também aumentou seu número de comandos municipais nestas duas eleições: de 252 a 309. As perdas dos outros partidos, no entanto, foi mais que suficiente para compensar os ganhos dos dois partidos. O PDT de Ciro Gomes caiu de 314 para 151 eleitos. PCdoB e PV, legendas que estão em federação com o PT, registraram queda novamente.

Fonte: Congresso em foco