EUA quer saber como vazou plano de Israel para atacar o Irã

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Os Estados Unidos estão conduzindo uma investigação sobre o vazamento de dois documentos confidenciais de inteligência, que revelam um suposto plano de Israel para realizar um ataque retaliatório contra o Irã, afirmou Mike Johnson, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, em entrevista à CNN no domingo, 20 de outubro. Os documentos são atribuídos à Agência Nacional de Informação Geoespacial e à Agência de Segurança Nacional dos EUA, sendo classificados como ultrassecretos. De acordo com as análises contidas nesses documentos, que incluem imagens de satélite, Israel estaria mobilizando recursos militares em resposta ao lançamento de centenas de mísseis balísticos por parte do Irã contra Tel Aviv, ocorrido no dia 1º de outubro.

Essas informações foram inicialmente destinadas apenas aos membros da aliança de inteligência “Cinco Olhos” — composta por EUA, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália. No entanto, os documentos começaram a circular em uma conta pró-Irã no aplicativo Telegram no dia 18 de outubro.

As agências envolvidas não comentaram oficialmente, enquanto o Pentágono afirmou que está investigando o incidente. O foco da investigação é identificar quem teve acesso aos relatórios antes de sua divulgação.

A conta do Telegram que divulgou os documentos já havia anteriormente postado conteúdos em apoio ao “Eixo de Resistência”, grupo armado financiado pelo Irã, além de memes exaltando o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano.

Os documentos vazados incluem dois relatórios principais. O primeiro, intitulado “Israel: A Força Aérea continua os preparativos para o ataque ao Irã”, descreve exercícios militares com mísseis balísticos. O segundo, “Israel: as forças de defesa continuam os preparativos de munições e atividades de drones”, detalha operações secretas envolvendo UAVs (drones) contra alvos no Irã.

Além disso, os Estados Unidos têm pressionado Israel a aproveitar a morte de Yahya Sinwar, ex-líder do Hamas, para promover um cessar-fogo em Gaza, e têm alertado Israel a não ampliar suas operações no Líbano.

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes em Israel, o país tem enfrentado agressões em várias frentes, incluindo confrontos com o Hezbollah, aliado do Irã. No último sábado, Israel acusou aliados iranianos de lançar um ataque com drones à sua residência em Cesareia.