EXPECTATIVA É IGUAL A PAÇOCA: DO NADA ESFARELA TUDO….

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Por Cláudia Menezes
Sei que essa temática vai suscitar debates, dividir opiniões e causar cizânia. Ótimo porque o contraditório é saudavelmente necessário.

O cerne da questão é que: não é do nada, muito pelo contrário, foram as mais variadas pistas, dicas, comportamentos, ações, frases, posturas e atitudes (para não dizer grosserias, desrespeitos, agressões, descasos, ausências, maledicências, perversidades, comentário depreciativo travestido de humor) . E o que você fez com esse compendio de informações/ações fornecidas/recebidas? Ignorou, sublimou, minimizou, justificou, amenizou? Seja qual for a resposta representa o fato que já era sabido, conhecido, sentido, percebido, vivenciado.

Qual furo/falta tenta cobrir/encobrir e avaliou a que preço? Começa a refletir sobre o porquê permite/consente/aceita. Nisso fundamental é perceber ou tentar compreender a motivação.

Quando e quanto é demais? Cada pessoa, ou para uma boa parte delas isso é claro e translucido … Já para uma parcela é como uma névoa onde tudo está no lugar, mas não se consegue ver com tanta clareza. Em verdade sabemos sim! Não definimos/falamos ou agimos pelos mais diversos motivos (todos legítimos e próprios). Como saber qual tijolo ao ser retirado derruba o edifício?! Entender que todos tem questões, fragilidades e anseios e cada qual tem seu tempo, seu momento, no entanto isso não muda o questionamento inicial não é do nada.

A tomada de consciência pode doer, mas é libertadora e não, não é um processo súbito. Às vezes sabemos qual foi “a gota d’água que transbordou o copo”, em algumas ocasiões apenas transborda sem aviso.

Então: não, não é do nada e não vou nesse texto abordar as questões das fantasias, dos castelos de carta que vontades e desejos que são traiçoeiros nas suas análises e interpretações. Deixaremos esse tema para o próximo texto.
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Médica Sanitarista e Psicanalista