Nesta quarta-feira (3), duas explosões tiraram a vida de mais de 90 pessoas que participavam de uma procissão em homenagem a Qassem Soleimani, o general iraniano morto em um ataque de drone dos Estados Unidos em 2020. Outras 211 pessoas ficaram feridas, de acordo com os serviços de emergência do Irã.
O evento era uma homenagem pelos quatro anos da morte de Soleimani, ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã e figura influente no país. O governo iraniano classificou as explosões como um “atentado terrorista” e afirmou que se tratou de um ataque suicida no meio da multidão. Até o momento desta atualização, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.
As explosões ocorreram na rota para o cemitério onde Soleimani está enterrado, na cidade de Kerman, região central do Irã. A primeira explosão ocorreu cerca de 700 metros do túmulo do general. A segunda explosão aconteceu minutos depois, mais distante e próxima às equipes de emergência já presentes, segundo as autoridades locais.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, não nomeou culpados, mas atribuiu o ataque a “inimigos malignos e criminosos da nação iraniana”.
As explosões intensificaram as tensões no Oriente Médio, já agravadas pela guerra entre Israel e Hamas.
O Irã, afirmou ter atacado posições do Exército de Israel na Faixa de Gaza, em uma operação conjunta com soldados do Al-Qassam, o braço armado do Hamas.
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou o ataque, enquanto os Estados Unidos negaram envolvimento nas explosões e afirmaram não ter razão para acreditar que Israel esteja ligado ao incidente.
Com agências