Alguns dias passados saiu a notícia que o ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, foi inocentado pela Quarta Vara Cível do Distrito Federal no processo que respondia por pretensa improbidade administrativa na celebração de convênio entre a instituição e o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, localizado em Serra da Barriga (AL).
Ficou claro que Zulu sofreu e penou por acusações infundadas o que impediu, por exemplo, de tomar posse em cargo no Ministério da Cultura, após ter sido convidado pela ministra Margareth Menezes. Zulu uma pessoa com larga experiência como gestor público, é arquiteto, mestre em Cultura e Sociedade, doutorando em Relações Internacionais pela Universidade Federal da Bahia e militante histórico do Movimento Negro Brasileiro – qualificações que levaram a ministra da Cultura a escolhê-lo como secretário executivo da pasta.
O processo havia sido instaurado em 2013 por suposta improbidade administrativa na Fundação Palmares, com a proibição de nova investidura em cargo público. Na verdade o que aconteceu deixa às claras o que se passa por baixo do pano nas instituições políticas. Zulu foi vítima do chamado “fogo amigo” face seu trabalho com políticas de ações afirmativas. Aquela história: dormindo com o inimigo.