Hamas adia libertação de reféns e Israel se prepara para “todos os cenários”

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O grupo Hamas anunciou nesta segunda-feira (10) o adiamento da libertação dos próximos reféns israelenses, prevista inicialmente para o sábado (15). A decisão teria sido motivada, segundo o grupo, pelo suposto descumprimento de pontos do acordo de cessar-fogo por parte de Israel, incluindo atrasos na libertação de prisioneiros palestinos, ataques aéreos e restrições à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Em resposta, o governo israelense ordenou que suas tropas se preparem para “todos os cenários” e convocou uma reunião de emergência do Gabinete de Segurança para discutir o impasse. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou a decisão do Hamas como uma “violação completa” do acordo e determinou que os militares fiquem em alerta máximo.

O Hamas afirma manter o compromisso com os termos do acordo, mas exige que Israel cumpra integralmente suas obrigações. O grupo acusa o governo israelense de impedir o retorno de palestinos ao norte de Gaza, além de realizar ataques aéreos e restringir a entrada de suprimentos humanitários na região.

O impasse gerou preocupação entre familiares dos reféns, que apelaram para a intervenção imediata de países mediadores, como Catar, Egito e Estados Unidos, a fim de garantir o cumprimento do acordo. Eles também pediram ao governo israelense que evite ações que possam comprometer a implementação da troca.

A última libertação de reféns ocorreu no sábado (8), quando o Hamas entregou três reféns a Israel, que, em contrapartida, soltou 183 prisioneiros palestinos. No total, 16 reféns foram libertados até o momento, de um total de 33 previstos para serem soltos de forma escalonada na primeira fase do acordo. Entre os prisioneiros palestinos liberados, 18 cumpriam sentenças de prisão perpétua.

O adiamento da libertação dos reféns aumenta a instabilidade na região e pode comprometer a continuidade das negociações. Mediadores internacionais seguem em busca de uma solução que permita avanços no acordo e a preservação do cessar-fogo.