O grupo terrorista palestino Hamas libertou nesta segunda-feira (13) os últimos 20 reféns ainda vivos que estavam em poder da organização na Faixa de Gaza havia mais de dois anos. A libertação ocorreu como parte da primeira etapa do plano de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em contrapartida, o governo de Israel começou a liberar prisioneiros palestinos. Ao todo, 250 detentos que cumpriam longas penas e outros 1.718 que estavam presos sem acusação formal desde o início da guerra em Gaza serão soltos. Segundo a Sociedade de Prisioneiros Palestinos, o primeiro ônibus com libertados já chegou à Faixa de Gaza.
As cenas nas ruas palestinas foram de expectativa e comoção. Multidões se reuniram para aguardar o retorno dos libertados, enquanto hospitais se preparavam para oferecer atendimento médico após anos de encarceramento.
A libertação dos reféns marca um ponto de virada no conflito. Pela primeira vez em mais de dois anos, o Hamas e seus aliados não mantêm nenhum refém vivo em Gaza. Todos os 20 sobreviventes do sequestro de 7 de outubro de 2023 — quando 251 pessoas foram levadas do sul de Israel — estão agora sob custódia israelense.
O grupo ainda detinha os corpos de 26 pessoas declaradas mortas, que devem ser entregues nos próximos dias. Há também dois reféns cujo paradeiro continua incerto, segundo autoridades israelenses, que expressaram “graves preocupações” quanto à situação deles.
O ataque de 2023, que deu início à guerra no território palestino, deixou profundas cicatrizes políticas e humanitárias. O novo acordo, embora celebrado como um gesto de esperança, ainda enfrenta resistência de setores tanto em Israel quanto entre os palestinos, que duvidam da durabilidade do cessar-fogo.