Depois de mais uma semana de expectativa o grupo palestino Hamas libertou no sábado,8, três reféns israelenses que estavam sob custódia desde o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023. Os libertados são Ohad Ben Ami, Eli Sharabi e Or Levy. A operação de resgate foi conduzida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que entregou os reféns às Forças de Defesa de Israel (IDF) para avaliação médica. Imagens divulgadas mostram os resgatados visivelmente debilitados, gerando preocupação entre familiares e autoridades israelenses.
Ohad Ben Ami e Eli Sharabi foram capturados em suas casas no Kibutz Be’eri, próximo à fronteira com Gaza, enquanto Or Levy foi sequestrado durante o festival de música Nova. Como parte do acordo para a libertação dos três israelenses, Israel liberou 183 prisioneiros palestinos, entre eles 18 que cumpriam penas de prisão perpétua, 54 com penas longas e 111 detidos em Gaza durante a guerra. Essa foi a quinta troca realizada sob o cessar-fogo, que já dura 42 dias.
Até o momento, 13 reféns israelenses e cinco trabalhadores tailandeses foram libertados, enquanto Israel já soltou 583 prisioneiros palestinos como parte do acordo mediado por Catar, Egito e Estados Unidos. As negociações para uma nova fase do pacto seguem em andamento, com o objetivo de libertar mais reféns e discutir uma possível retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza, o que poderia abrir caminho para o fim definitivo do conflito.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou negociadores ao Catar para tratar da extensão do cessar-fogo e da libertação dos reféns remanescentes. No entanto, ele advertiu que, caso não haja avanços, as operações militares em Gaza poderão ser retomadas.
Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, mais de 1.200 israelenses foram mortos. Em resposta, os bombardeios israelenses em Gaza deixaram mais de 40.000 mortos e agravaram a crise humanitária no território palestino. A libertação dos três reféns neste sábado representa um novo avanço nas tentativas de encerrar o conflito, mas o futuro das negociações ainda é incerto.