Higiene mental

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Por Joaci Góes

Para o amigo e companheiro de trabalho Tiago Barreto!

                   Nada como sair do Brasil, nestes tempos temerários em que vivemos, para arejar o espírito, libertando-o do pantanoso ambiente político que respiramos, em razão da baixa qualidade da discussão das ideias praticada em nosso País. Como destino para tal arejamento, são poucas as nações que podem competir com os países da Península Ibérica, Portugal e Espanha. Melhor ainda quando temos a possibilidade de rever familiares queridos, vivendo sob os seus cuidados e hospitalidade.

                   Tal tem sido nossa experiência, desde o início desta semana, quando participamos, em Madri, do rico seminário “Infraestrutura, Segurança Jurídica e Jurisdição Constitucional”, com foco nos elementos fundamentais da globalização e suas implicações no comércio, serviços, relações empresariais, governamentais e de consumo, promovido pela OAB do Brasil, em convênio com a Universidade Complutense de Madri, e realizado no seu salão nobre, de excepcional beleza arquitetônica, em sua sede à rua San Bernardo 49.

                   Entre mediadores e conferencistas, mais de uma centena de personalidades dos diferentes campos jurídico de atuação do Brasil e da Espanha, como advogados, professores, juízes, desembargadores e ministros discorreram sobre temas de sua especialidade, merecendo destaque, entre os que ouvi, o Ministro Kassio Nunes Marques, do STF e o advogado chefe da Petrobrás, o ex-chefe do Ministério Público da Bahia, o jurista Wellington César Lima e Silva.

                   Certamente, além da famosa qualidade dos serviços prestados aos que visitam a Espanha, continua impressionando os visitantes o elevado padrão de segurança percebido em toda parte, resultando em dolorosa comparação com a tensa experiência de quem vive no Brasil, em geral, e na Bahia, em particular, para crescente inquietação dos que, mesmo podendo, resistem à ideia de deixar para trás a terra que amam, onde nasceram ou a adotaram, para cumprir sua saga existencial!

                   Tudo isso pela falta de compreensão de nossos dirigentes sobre o papel redentor de uma educação de qualidade, na sociedade do conhecimento em que estamos imersos!.