Por Liliam Andrade
Veio gente de todo canto do país e foram muitos abraços cheios de emoção para celebrar a alegria do reencontro, 50 anos depois. Foram muitas emoções entre alegria, surpresa e muitas felicidades que 56 ex-alunos das turmas A, B e C do Colégio Antônio Vieira de 1973, se reuniram para festejar o JUBILEU DE OURO. O “grande encontro”, esperado desde o início deste ano quando começou a circular a notícia que iria acontecer, foi no Condomínio Costa Verde, em Piatã, no último sábado e começou com uma celebração do Padre Domingos Mianulli, que acompanha essa turma há mais de 50 anos. Na missa, ele lembrou que “a vida é a arte do encontro e do desencontro também, depende muito do direcionamento que vamos dar às escolhas da nossa vida”. Pe. Domingos disse, durante a homilia, que aquele não foi só um encontro de saudades, foi um encontro de renovados compromissos para poder vivenciar os valores que foram aprendidos e vividos graças ao Colégio Antônio Vieira.
Os participantes se deliciaram com a animação de Adelmário (que não era o Coelho) e seu teclado. Em meio a tanta euforia não faltaram discursos emocionados como o de Álvaro Cruz (pneumologista internacional) dizendo que só tinha a agradecer por ter feito parte daquela turma; Osmário Salles, endocrinologista de celebridades, ofereceu uma receita antienvelhecimento gratuitamente. Segundo ele existem 3 remédios para não ficar velho: exercício físico, alimentação sadia e não parar a cabeça. Depois complementou dizendo que na verdade são 11 os remédios incluindo os 3 já citados: não fumar, beber pouco, exercício mental, amor e carinho (que tá dentro da gente e ninguém precisa de ninguém pra ser feliz), dormir bem, não parar de trabalhar – a cabeça – ter amigos, dar risada e aprender a chorar.
O ex deputado, Jutahy Magalhães, ressaltou o privilégio que é ser vieirense: “o Vieira nos deu uma relação afetiva muito grande e o mais importante que aprendi foi fazer amizades”. O cartunista Paulo Serra falou sobre a censura dos anos 70 e da descoberta da sua vocação quando desenhou as primeiras charges para o jornal do colégio. A então professora de Biologia, Gizélia Vieira, falou da emoção de ouvir aqueles depoimentos e que tinha muito orgulho de ter sido professora dos melhores profissionais ali presentes. Já o ex-professor de Física e hoje artista plástico, Alceu Lisboa, lembrou de sua própria trajetória no Vieira, onde estudou desde o primário e, em seguida, ensinou por 8 anos.
Para homenagear o saudoso mestre Jayme Barros, professor de português, a jornalista Líliam Andrade, leu um poema de Fernando Pessoa, (Mestre, meu mestre querido) lembrando uma prova sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos. Maria Olívia lembrou que passou no concurso da Petrobrás graças aos seus cadernos de apontamentos que nunca estiveram desatualizados e Ana Tereza lembrou de todas essa trajetória de vida que ficou “tatuada” na pele e na mente de todos os que ali estavam. Encerrando tantas falas emocionadas, o engenheiro, Geider Marques fez uma apologia ao tempo – passado, presente e futuro – lembrando as palavras de Belchior que cantou “o passado é uma roupa que não nos serve mais”, o futuro nas palavras de Chico Buarque “amanhã, vai ser outro dia” mas, é preciso estar no presente pra saber que “amanhã, vai ser outro dia”.
Então, segundo Geider, o que importa é o presente, porque é preciso estar nele para enxergar o amanhã, para nos dedicar e viver intensamente. e convidou o também engenheiro, Eduardo Barata para dar seu testemunho de vida ” nada disso é problema, é preciso focar no que é possível”. “Tia” Carmem, a guardiã da ala feminina, não se conteve de tanta emoção e agradeceu pela lembrança de ter sido convidada. Em nome da comissão organizadora, Ivana Seixas agradeceu a participação de todos e afirmou que ao contrário do que muitos disseram, organizar o evento não foi um trabalho, foi um prazer. E assim continuou a comemoração do Jubileu de Ouro e todos já se perguntando : E O 51? É UMA BOA IDÉIA.
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Jornalista