A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), falou, no Dia Internacional da Mulher, sobre as conquistas e os desafios que persistem no tecido social em relação à mulher. Ireuda destacou a urgência de avançar na promoção da equidade, rompendo as amarras da discriminação que, por vezes, parecem inquebráveis.
Ao enaltecer as conquistas que fortalecem a proteção contra a violência e promovem a inclusão em esferas políticas e profissionais, a vereadora salientou que, apesar desses avanços, a jornada está longe de ser concluída. “Celebremos as conquistas, mas mantenhamos os olhos fixos nos desafios que clamam por nossa dedicação incessante”, ressaltou.
De acordo com um estudo divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março de 2015 e dezembro de 2023, pelo menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio em nosso país. “Estes números representam vidas perdidas, sonhos interrompidos e famílias dilaceradas. É preciso ressaltar que esses dados levam em consideração apenas os casos oficialmente registrados pela polícia como feminicídios, o que sugere que a realidade pode ser ainda pior”, diz.
Já a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, revela que três em cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. A cada 3 horas, uma mulher enfrenta o horror da agressão dentro de seus próprios lares.
A republicana defendeu a importância de continuar pressionando por políticas que garantam igualdade salarial, acesso irrestrito à educação e a criação de espaços seguros para todas as mulheres. “Devemos desafiar as estruturas enraizadas que perpetuam a desigualdade e construir uma sociedade onde todas as mulheres se sintam capacitadas a realizar seus sonhos”, enfatizou.
Ireuda, inclusive, é autora de diversos projetos em prol da mulher. O mais recente é o programa Nova Fase, já implementado pela prefeitura de Salvador com o objetivo de destinar 10% das vagas de estágio no poder público municipal às filhas de vítimas de violência doméstica. E o Simm Mulher, também tocado pela prefeitura, que desde 2020 já capacitou e encaminhou quase 5 mil mulheres ao mercado de trabalho.
“É imperativo que transcendamos as limitações impostas pela sociedade. Somos forças imparáveis quando nos unimos na busca por um mundo onde o potencial feminino não conheça fronteiras”, declarou com determinação a vereadora.